Brasil, 9 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Emergência na Ásia: mais de 1.800 mortos por enchentes e deslizamentos

Equipes de emergência correm contra o tempo após enchentes e deslizamentos de terra catastróficos que atingiram partes da Ásia, resultando em mais de 1.800 mortes. A dimensão da necessidade está sobrecarregando os socorristas. As autoridades relatam 964 mortes na Indonésia, 635 no Sri Lanka e 200 no sul da Tailândia e Malásia. Muitas aldeias na Indonésia e no Sri Lanka permanecem soterradas sob a lama, com quase 900 pessoas desaparecidas.

Desastres em série na região

Desde o final de novembro, mais de 1.800 vidas foram perdidas em países como Indonésia, Sri Lanka, Malásia, Tailândia e Vietnã devido a uma série de tempestades tropicais e chuvas de monção que causaram deslizamentos de terra e enchentes repentinas. A situação crítica foi reportada pelo Vatican News.

Ilha de Sumatra enfrenta severa crise

Na Indonésia, as equipes de resgate continuam a busca por sobreviventes na Ilha de Sumatra, a região mais afetada. Segundo as autoridades, até esta terça-feira, o número de mortos confirmados é de 964, enquanto ainda há 262 desaparecidos. Ao todo, cerca de 5 mil pessoas ficaram feridas.

A Agência Nacional de Gestão de Desastres da Indonésia (BNPB) relatou danos em quase 160 mil casas devido a deslizamentos de terra, queda de árvores e inundações que devastaram 52 distritos nas províncias de Aceh, Sumatra do Norte e Sumatra Ocidental. O mau tempo, exacerbado por um tufão no Estreito de Malaca, afetou aproximadamente 3,5 milhões de pessoas na ilha, destruindo quase mil escolas, 500 pontes e 400 templos.

Em resposta à catástrofe, o presidente indonésio, Prabowo Subianto, anunciou que cada família afetada receberá uma indenização equivalente a cerca de US$ 3.600, enquanto o governo prepara planos para realocar casas e escolas para áreas mais seguras.

A situação em Aceh Tamiang

Atingida por enchentes devastadoras, a região de Aceh Tamiang, na Indonésia, enfrenta o agravamento de doenças e a falta de assistência médica, enquanto equipes de saúde se esforçam para ajudar dezenas de moradores que dependem do único hospital da área.

Com muitas casas soterradas, as doenças se agravaram. Entre os problemas de saúde estão diarreia, febre e mialgia, indicados pela falta de recuperação do meio ambiente e dos locais de moradia após o desastre, conforme relatou o Ministério da Saúde da Indonésia na semana passada. As pontes destruídas dificultam ainda mais a locomoção para profissionais de saúde, conforme relatou o Dr. Chik M. Iqbal, que teve que viajar de barco até Aceh Tamiang.

Cerca de 31 hospitais e 156 centros de saúde menores nas três províncias foram afetados pelas inundações, informou o Ministério da Saúde. Durante uma visita a Aceh, o presidente Prabowo Subianto ordenou a reparação de pontes e barragens, além de cancelar os microcréditos para agricultores afetados.

Desafios financeiros para a reconstrução

A ilha de Sumatra necessita de 51,82 trilhões de rupias (aproximadamente US$ 3,11 bilhões) para processos de reconstrução e recuperação após as inundações catastróficas, conforme declarado por altos funcionários do governo. Suharyanto, chefe da agência de mitigação de desastres da Indonésia, indicou que os valores necessários ainda poderão aumentar à medida que a extensão dos danos for sendo avaliada.

Entre as três províncias afetadas, Aceh requer a maior quantia, totalizando 25,41 trilhões de rupias. As províncias de Sumatra do Norte e Ocidental vão precisar de 12,88 trilhões e 13,52 trilhões de rupias, respectivamente. O processo de reconstrução começará em breve em algumas áreas que conseguiram se recuperar de maneira mais eficaz.

As casas temporárias, construídas de madeira compensada com área de 40 metros quadrados, estão sendo disponibilizadas pelo governo para as pessoas afetadas por desastres naturais. No entanto, o presidente Prabowo ressaltou que as condições em várias áreas ainda são severas, especialmente em arrozais e casas devastadas.

*Com informações de Agências

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes