O Sistema Cantareira, que abastece a Região Metropolitana de São Paulo, registrou nesta semana volume útil abaixo de 20%, o que pode levar à entrada na Faixa 5, considerada a mais crítica, em janeiro de 2026. Caso o nível se mantenha nessa situação, a possibilidade de racionamento de água aumenta, alertaram a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Sabesp.
Situação de alerta e classificação do Sistema Cantareira
Desde outubro, o sistema está na Faixa 4, que indica restrição, com volume útil entre 20% e 30%. A partir de agora, o risco de chegar na Faixa 5, que tem limite de 15,5 m³/s para retirada, se intensifica se o volume não se recuperar. Segundo informações oficiais, o sistema atende cerca de nove milhões de moradores na capital e cidades vizinhas, além de desempenhar papel fundamental na preservação das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Medidas possíveis em caso de classificação crítica
Se o sistema chegar à Faixa 5, em janeiro, a Sabesp poderá autorizar, mediante análise da segurança hídrica e aprovação da ANA e do SP Águas, o uso da vazão transposta do reservatório da Usina Jaguari, que permite até 8,5 m³/s adicionais. Essa medida visa evitar o colapso no abastecimento, mas depende de avaliação técnica e das condições de segurança.
Classificação das faixas de operação do Sistema Cantareira
De acordo com o volume útil ao final de cada mês, o sistema é classificado em faixas de operação assim:
- Faixa 1 – Normal: volume igual ou superior a 60%; limite de retirada de até 33 m³/s, com redução gradual para 31 m³/s conforme a baixa do nível.
- Faixa 2 – Atenção: volume entre 40% e 60%; limite de 27 m³/s.
- Faixa 3 – Alerta: volume entre 30% e 40%; limite de 23 m³/s.
- Faixa 4 – Restrição: volume entre 20% e 30%; limitação de retirada mais severa.
- Faixa 5 – Especial: volume abaixo de 20%; limite máximo de retirada de 15,5 m³/s, condição mais rigorosa e de risco extremo.
Monitoramento contínuo e próximos passos
As agências federal e estadual acompanham de perto a evolução do volume útil do Sistema Cantareira. Autoridades alertam que, se a situação não melhorar, medidas mais severas, incluindo o racionamento de água, podem ser acionadas em breve.
Especialistas indicam que o cenário reforça a necessidade de ações de economia e o fortalecimento de alternativas de abastecimento na região. O governo paulista já planeja estratégias de emergência caso o sistema entre na faixa de restrição máxima em janeiro de 2026.
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