Brasil, 9 de dezembro de 2025
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As 10 melhores obras de 2025: reflexões e histórias que nos marcaram

Em um ano difícil, as melhores obras de 2025 ofereceram perspectivas únicas e vozes fortes para refletir sobre os desafios da vida. Entre ficções e não-ficções, autores como Miriam Toews, S.A. Cosby e Yiyun Li inspiraram e desafiaram leitores com histórias que vão do crime ao sofrimento pessoal.

Reflexões íntimas e histórias de resistência na literatura de 2025

Miriam Toews retorna à não-ficção após mais de duas décadas com A Truce That Is Not Peace, uma autobiografia que parte de uma ficção — seu encontro com uma questão difícil na preparação de um festival literário. Ela revisita sua infância, perdas familiares, origem Mennonita e os momentos que moldaram sua escrita, oferecendo uma mistura de humor e crueza.

Outro destaque é S.A. Cosby, renomado autor de noir e de obras como Blacktop Wasteland, que lança Razorblade Tears, uma narrativa tensa sobre valores familiares e vingança na Carolina do Sul. O protagonista Roman Carruthers lida com crises familiares, uma possível tragédia e um passado sombrio, retratando um retrato vívido da violência e redenção.

Fantasias e realidades sombrias

R.F. Kuang, conhecida por sua série A Poppy War, mistura fantasia e crítica social em Campus do Inferno. Na história, dois estudantes de Cambridge atravessam o submundo do inferno para recuperar a alma de seu mentor falecido, em uma narrativa que satiriza o poder acadêmico e as hierarquias de uma universidade que é, na verdade, um inferno literal.

Na biografia Baldwin: A Love Story, Nicholas Boggs revela os aspectos mais pessoais do poeta James Baldwin, explorando suas relações e sua formação, além da influência de sua identidade negra, viajante e romântica na sua obra-prima. A obra, fundamentada em pesquisa aprofundada, traz uma nova dimensão à vida daquele que foi um dos principais vozes dos direitos civis.

Histórias de sobrevivência e esperança

Sophie Elmhirst conta a saga real de Maurice e Maralyn Bailey, que em 1971 tiveram seu barco atacado por uma baleia, deixando-os à deriva por 118 dias no Pacífico. O livro retrata não só a luta pela sobrevivência, mas também os dramas humanos entre o casal, em uma narrativa que mistura aventura, emoções e resistência.

Audition, de Katie Kitamura, desafia as concepções tradicionais de narrativa, abordando as complexidades dos papéis que assumimos na vida — como atores de nossas próprias histórias. A protagonista, uma atriz, vive uma tensão crescente envolvendo seu relacionamento, identidade e os limites da representação.

Críticas sociais e urgências globais

Por fim, Megha Majumdar apresenta uma ficção ambientada em um Calcutá futurista, marcada por escassez e violência, enquanto busca recursos para emigrar. Sua narrativa evidencia os dilemas morais de duas famílias em um mundo à beira do colapso, refletindo sobre esperança e limites.

Na não-ficção, Omar El Akkad venceu o National Book Award com O Apagamento, um livro que mistura memórias pessoais e análise mordaz do descaso global com o sofrimento, dando voz às vítimas de atrocidades, como os civis de Gaza, e colocando em evidência a indiferença diante de genocídios e crises humanitárias.

Perspectivas para o futuro literário

As obras selecionadas mostram uma literatura que enfrenta as dores humanas e sociais de frente, ao mesmo tempo que oferece esperança, resistência e uma reflexão profunda do momento em que vivemos. Este balanço entre tragédia, coragem e criatividade reafirma o papel fundamental dos livros na compreensão e transformação do mundo.

Para aprofundar sua leitura, confira também outros títulos relevantes dessa safra literária ou explore artigos especializados sobre tendências atuais na literatura mundial.

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