A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (9) a interligação de Boa Vista, capital de Roraima, ao Sistema Interligado Nacional de Energia (SIN). A medida visa substituir a dependência do estado de energia fornecida pela Venezuela desde 2004, quando a Venezuela interrompeu o envio de eletricidade ao estado.
Contexto da crise energética em Roraima
Durante mais de 18 anos, a energia de Roraima foi majoritariamente vinda da Venezuela. Desde a interrupção desse fornecimento em março de 2019, o estado tem dependido da geração própria por meio de usinas térmicas e de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). Atualmente, o parque térmico conta com 17 Centrais Geradoras Termelétricas (UTE) e uma PCH, gerando aproximadamente 200 megawatts diários para os quase 176 mil consumidores no estado.
O projeto do linhão e o início das obras
Caminho para integração ao sistema nacional
Para solucionar a dependência de energia e garantir maior estabilidade ao abastecimento, está em andamento a construção do linhão de Tucuruí, que ligará Manaus a Boa Vista. Após anos de impasse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no início de dezembro, uma ordem de serviço para o início das obras. A nova linha de transmissão conectará Roraima ao SIN, possibilitando uma maior integração energética.
A obra é reivindicada há anos pelo governo do estado, que sofre com frequentes crises no fornecimento de energia. A expectativa é que a interligação ao sistema nacional reduza os riscos de apagões e permita uma maior diversificação na matriz energética do estado.
Perspectivas futuras e impactos
Segundo especialistas, a ligação de Roraima ao SIN deve aumentar a segurança energética do estado e facilitar a incorporação de fontes renováveis na sua matriz. Além disso, a conexão deve diminuir os custos com geração de energia e ampliar a qualidade do serviço para os consumidores.
Este avanço marca um importante passo na integração energética do Norte do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da região.
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