Brasil, 9 de dezembro de 2025
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A candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto enfrenta desafios

A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Palácio do Planalto iniciou-se sem demonstrações de apoio por parte de governadores de direita que também têm seus nomes considerados para a disputa presidencial. Entre eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manteve-se em silêncio por mais de 72 horas, enquanto outros presidenciáveis optaram por não endossar a movimentação, deixando o PL isolado na tentativa de fazer de Flávio uma opção viável para 2026.

O silêncio estratégico de Tarcísio de Freitas

A ausência de manifestação de Tarcísio se tornou o principal foco de atenção no campo político da direita. Aliados do governador demonstraram surpresa com sua demora em apoiar abertamente Flávio. Contudo, na noite de uma segunda-feira recente, Tarcísio fez um aceno positivo, afirmando que dará suporte ao senador, embora não tenha confirmado apoio explícito a sua candidatura.

— O presidente Bolsonaro é uma pessoa que eu respeito muito. Sempre deixei claro que serei leal ao Bolsonaro, e essa lealdade é inegociável. O Flávio vai contar com a gente — declarou Tarcísio, deixando suas palavras abertas a interpretações.

Desafios enfrentados por Flávio Bolsonaro

Embora Tarcísio expressasse respeito, sua declaração não confirmou um apoio direto à Flávio, onde ele destacou que “Flávio tem uma grande responsabilidade a partir de agora”. Ele ainda lembrou que Flávio se junta a outros nomes importantes da oposição, como Romeu Zema e Ronaldo Caiado, que também almejam a presidência.

Vários aliados políticos do governador de São Paulo estão trabalhando para manter seus próprios nomes em evidência, a fim de evitar que a candidatura de Flávio os exclua do debate antes do tempo apropriado.

A visão dos governadores sobre a candidatura

A distância em relação à candidatura de Flávio não foi apenas uma particularidade de São Paulo, pois outros governadores também mantiveram um tom protocolar. Ratinho Junior (PSD-PR) afirmou que seu partido busca ser o principal ator das eleições ou formar uma aliança, sem, no entanto, sinalizar qualquer união com Flávio. Da mesma forma, Romeu Zema (Novo-MG) comentou ser “justo” e “democrático” que existam várias candidaturas no primeiro turno, evitando também endossar Flávio.

Ronaldo Caiado (União-GO) reafirmou sua pré-candidatura ao discutir o tema, esquivando-se de qualquer gesto de apoio ao senador. A análise interna entre essas lideranças sugere que, no momento, eles não estão dispostos a fortalecer Flávio em suas respectivas trajetórias políticas.

Apoio de membros do PL e os planos de Flávio

O único respaldo que Flávio recebeu veio de outros governadores do seu partido, que não estão apresentados como candidatos à presidência. Em uma reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), Jorginho Mello (PL-SC) elogiou Flávio, chamando-o de “grande brasileiro”, acreditando que ele poderia “unir a direita”. Cláudio Castro (RJ), por sua vez, demonstrou felicidade com a orientação seguida pelo partido, reiterando sua proximidade pessoal com o senador.

Entretanto, mesmo entre os aliados, a ausência de apoio contundente se reflete na estratégia de Flávio, que, por ora, se sente pressionado a fortalecer suas articulações. Isso inclui planos para um jantar em sua residência, no qual pretende reunir os dirigentes de partidos como Progressistas, União Brasil e PL, em Brasília, visando diminuir a resistência e discutir a anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

Conclusão: um caminho desafiador pela frente

A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro está longe de ser uma corrida tranquila. Com a resistência expressa pelos governadores e a falta de apoio decisivo, seu caminho até 2026 se apresenta repleto de obstáculos. A habilidade em unir diversos interesses partidários e expandir sua base de apoio serão essenciais para sua viabilidade electoral. À medida que as eleições se aproximam, o tempo dirá se Flávio conseguirá reverter os desafios que se apresentam à sua candidatura, formando alianças que o coloquem como uma alternativa real ao eleitorado brasileiro.

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