Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Lula ironiza tentativa de violação de tornozeleira de Bolsonaro

Na manhã desta segunda-feira (8), durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, em Brasília (DF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou sua plataforma para ironizar a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O discurso ocorreu em um contexto de grande relevância, que abordou a violência contra a mulher e a ineficácia das medidas de proteção existentes.

Discurso contundente sobre feminicídio

Em seu discurso, Lula não hesitou em criticar as limitações das medidas protetivas, que muitas vezes não garantem a segurança das mulheres. Ele afirmou: “Muitas vezes a mulher não faz a denúncia porque tem medo. Aí, vai colocar tornozeleira, o cara não pode se aproximar de casa, mas quem está dentro de casa sozinha é a mulher, e o safado aparece. E quando aparece, aparece mais nervoso. Olha, se até um ex-presidente da República, que tentou dar um golpe neste país, tentou tirar a tornozeleira dele, imagine”.

Esse comentário não foi apenas uma ironia, mas uma crítica à situação alarmante de violência que muitas mulheres enfrentam no Brasil. Em sua fala, Lula reafirmou a necessidade de um combate mais efetivo às violências de gênero, destacando que, apesar das leis, muitas mulheres continuam vulneráveis.

Bolsonaro e a condenação pelo STF

Jair Bolsonaro, atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Sua tentativa de violar a tornozeleira eletrônica durante a prisão domiciliar levantou questões sobre o cumprimento da legislação e a responsabilidade das figuras públicas, especialmente de quem já ocupou a presidência do país.

A situação se torna ainda mais preocupante quando a Justiça e as leis de proteção permanecem ineficazes, como destacou Lula. Essa realidade faz ecoar a urgência de se ter um debate aberto e profundo sobre a verdade das proteções oferecidas às mulheres no Brasil e a necessidade de reformulações nas políticas públicas voltadas para esse público.

Lula e a defesa das mulheres

Recentemente, o presidente Lula tem demonstrado um interesse renovado na luta contra a violência de gênero. Em um evento realizado em Pernambuco na semana passada, Lula emocionou-se ao falar sobre casos trágicos de violência doméstica, um sinal de que está ciente do papel que deve desempenhar para garantir a segurança das mulheres brasileiras.

“Minha primeira-dama, Janja Lula da Silva, pediu que fizesse um combate mais duro à violência contra a mulher”, afirmou Lula, ressaltando a empatia que sente em relação aos relatos de tragédias veiculados na mídia. Mentionou inclusive que Janja chorou ao assistir reportagens sobre mulheres assassinadas e crianças vítimas de violência, como no caso recente de um homem preso sob a suspeita de provocar um incêndio em Pernambuco que resultou na morte de sua mulher e quatro filhos.

A importância de um combate eficaz à violência

Esses acontecimentos e declarações do presidente trazem à tona a necessidade de uma resposta mais contundente e eficaz por parte do governo no combate à violência contra a mulher. O sistema de justiça, aliado às políticas públicas, deve ser capaz de oferecer não apenas proteção, mas um ambiente em que as mulheres se sintam seguras para denunciar atos violentos.

De acordo com dados recentes, o Brasil continua enfrentando altos índices de feminicídio. Em meio a esse cenário, as declarações de Lula podem ser vistas como um chamado à ação, tanto para a sociedade quanto para o governo, enfatizando a importância de se garantir que toda mulher tenha o direito de viver sem medo e em segurança.

As palavras de Lula ecoam não apenas como um testemunho de solidariedade, mas também como uma urgência em implementar mudanças necessárias para que as políticas de proteção realmente cumpram seu propósito. Sem dúvida, o discurso do presidente é um passo em direção a um futuro onde mulheres possam viver com dignidade e segurança.

O debate em torno da segurança das mulheres no Brasil é mais relevante do que nunca e exige a atenção não apenas dos governantes, mas também da sociedade civil, que deve se mobilizar em prol de mudanças significativas que possam transformar a realidade de milhões de brasileiras.

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