Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Haddad afirma que aporte aos Correios depende de plano de reestruturação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta segunda-feira que o eventual aporte financeiro aos Correios está condicionado à aprovação do plano de reestruturação da estatal. A possível liberação de até R$ 6 bilhões ainda não foi decidida, apesar de existir espaço fiscal para um aporte neste ano.

Decisão depende do plano de reestruturação

Segundo Haddad, o Tesouro Nacional é responsável pelo plano de recuperação dos Correios, e todas as ações estão sujeitas à sua aprovação. “Os Correios precisam mudar, precisam ser reestruturados. Está tudo caminhando bem, mas com detalhes para acertar”, afirmou o ministro.

Empréstimos e negociações

O ministro revelou que há mais de uma possibilidade de aporte, incluindo negociações com bancos para um empréstimo de até R$ 20 bilhões, garantido pelo Tesouro. A direção dos Correios espera receber um aporte emergencial entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões até 16 de dezembro para quitar suas obrigações de fim de ano, como salários, 13º e fornecedores.

“O valor é inferior a isso (R$ 6 bilhões)”, reforçou Haddad. O objetivo do aporte emergencial é oferecer suporte às operações da estatal enquanto negocia uma linha de crédito bilionária.

Crise financeira e limitações orçamentárias

Por hora, a direção dos Correios decidiu alterar seus planos de curto prazo, dada a maior crise financeira da história da estatal e a falta de tempo hábil para fechar um empréstimo de R$ 20 bilhões, previsto para garantir sua sustentabilidade.

O governo vinha resistindo ao aporte por falta de margem orçamentária e por considerar os Correios uma empresa pública com capacidade de gerar receitas próprias. Entretanto, interlocutores afirmam que um decreto emergencial neste ano possibilita o aporte, condicionado a um plano de recuperação.

Contexto político e análises

Haddad falou após reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A pauta foi discutir detalhes do Orçamento de 2026, que deve ser votado na próxima semana.

Para aprovar a lei orçamentária, o governo precisa votar projetos como a revisão de isenções fiscais, com previsão de arrecadação de R$ 20 bilhões em 2026. Haddad destacou: “A peça orçamentária precisa ter coerência interna. Pode deixar de votar? Pode, mas é preciso ajustar”.

O ministro também confirmou que o projeto contra o devedor contumaz e a última etapa da Reforma Tributária devem ser votados nesta semana, visando a tramitação no Senado.

Perspectivas futuras

O governo acompanha de perto a situação dos Correios, avaliando a melhor estratégia para garantir a sustentabilidade da estatal. A implementação do plano de recuperação será decisiva para a liberação de recursos e para o futuro da empresa postal.

Mais detalhes sobre as negociações e o plano de reestruturação dos Correios podem ser consultados na matéria da GloboNews.

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