A Emae teve o seu rating de crédito rebaixado pela Fitch de AAA(bra) para AA(bra), após a revelação de investimentos feitos na companhia que só foram divulgados em novembro, dias antes do colapso do Master. O mercado só descobriu esses detalhes após a liquidação, inicialmente pela imprensa e posteriormente através de comunicado oficial da empresa.
Revelação de investimentos e impacto no crédito da Emae
Segundo a Fitch, a divulgação tardia dos investimentos comprometeu a avaliação de liquidez da Emae. A companhia havia informado, em seu balanço do terceiro trimestre, a alocação de R$ 251 milhões em debêntures convertíveis em ações da Light, em recuperação judicial, controlada por acionistas do mesmo bloco que controla a Emae. Após o escândalo, a nota de crédito foi colocada em “observação indefinida”.
Redução da liquidez e riscos financeiros
De acordo com a Fitch, esses fatores deterioram significativamente a posição de liquidez da Emae, que recuou de R$ 495 milhões para R$ 100 milhões ao excluir os saldos desses investimentos de sua caixa ao final de setembro de 2025. “Estes fatores prejudicam a flexibilidade financeira da companhia em caso de necessidade de captação de recursos”, afirmou a agência de classificação de risco.
Contexto e implicações financeiras
A venda da Emae no ano passado, por um fundo de Nelson Tanure, acionista também da Light, evidencia a complexidade do cenário financeiro da companhia. A deterioração da avaliação de risco reforça os riscos de liquidez e a vulnerabilidade em momentos de crise financeira, especialmente devido à exposição a ativos ligados à recuperação judicial da Light.
Perspectivas futuras e riscos adicionais
Segundo analistas, a situação reforça a necessidade de uma revisão na gestão de ativos e na transparência da companhia. A crise coloca em questionamento a estratégia de investimentos e a governança corporativa da Emae, podendo afetar futuras operações no mercado de crédito.
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