Neste sábado (6), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou que começará as negociações para sua candidatura à presidência da República em 2026, após receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em suas declarações, Flávio pediu que todas as lideranças políticas que se consideram “anti-Lula” se unam em prol da aprovação da anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, solicitando que essa medida seja discutida e aprovada ainda este ano.
A convocação para a anistia
“Tomada a decisão ontem, hoje começo as negociações! O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano! Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a direita”, publicou Flávio em seu perfil na plataforma X. Essa chamada pode ser vista como uma tentativa de consolidar a direita em um momento em que os partidos começam a se posicionar para as próximas eleições presidenciais.
Libertação de Jair Bolsonaro
Além disso, Flávio também enfatizou a necessidade de libertar seu pai, que está preso desde o dia 22 de novembro em Brasília. “Para libertar o Brasil, precisamos libertar Jair Bolsonaro e os inocentes do 8 de janeiro! O Brasil ainda tem jeito”, afirmou. Essas declarações mostram a tentativa do senador de conectar sua candidatura ao desejo popular de libertar o ex-presidente e também reforçam o apelo emocional de sua campanha.
Preparativos para a campanha de 2026
Na sexta-feira (5), Flávio Bolsonaro confirmou oficialmente sua pré-candidatura ao Planalto, recebendo sinal verde de Jair Bolsonaro, que está encarcerado. A situação de Jair, mesmo preso, não impediu que ele continuasse a influenciar a política brasileira, moldando estratégias eleitorais para as eleições de 2026. O ex-presidente espera que Flávio intensifique sua presença política, estabelecendo uma agenda de viagens pelo país, participando de debates com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e organizando palanques estaduais.
Descontentamento no Centrão
No entanto, a escolha de Flávio como candidato gerou descontentamento entre alguns membros do Centrão, que acreditam que sua candidatura pode não ser a melhor alternativa para unir a direita. As reações são variadas entre os aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que aguardam uma definição sobre a candidatura. Para alguns, a candidatura de Flávio pode ser mais um teste para manter o nome da família Bolsonaro em evidência do que uma decisão definitiva.
— Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos — comentou Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em apoio a Flávio.
Um momento decisivo para a direita brasileira
Com a proximidade das eleições, o cenário político brasileiro se torna cada vez mais dinâmico e imprevisível. A candidatura de Flávio Bolsonaro e seu apelo à união da direita traz à tona desafios e oportunidades. A luta pela anistia, além de ser um tema polêmico, é uma estratégia que busca mobilizar apoio e força entre os eleitores que se opõem ao governo atual.
Os dias que se seguem serão cruciais para Flávio e sua equipe, que precisam estabelecer uma plataforma sólida e decisiva para conquistar a confiança dos eleitores e lideranças da direita. O futuro político da família Bolsonaro está em jogo, e o caminho para as eleições de 2026 começa agora.



