Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Disputa pela segunda vaga ao Senado em SP se intensifica entre bolsonaristas

Em São Paulo, as articulações do campo bolsonarista para definir quem concorrerá ao Senado em 2026 têm sido marcadas por divergências e tentativas de reaproximação. A corrida já conta com candidatos como o deputado federal Guilherme Derrite (PP), que é um dos favoritos para uma das duas vagas em jogo. A segunda vaga, no entanto, se tornou um campo de batalhas, com nomes como Ricardo Salles (Novo) e a deputada federal Rosana Valle (PL) se destacando na disputa.

Apostando em alianças e reaproximações

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tem corrido atrás de reforçar seu capital político, especialmente em apoio a Rosana Valle. Apesar de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, ter mencionado Rosana como fortíssima candidata ao Senado, a própria deputada demonstra certa relutância em deixar sua puts por uma vaga mais segura na reeleição da Câmara. A hesitação surge do apreço que ela tem pela posição atual e da luta interna pela candidatura ao Senado.

Nomes em destaque

Se Michelle conseguir emplacar a escolha por Rosana, a deputada tomaria um espaço que antes estava reservado ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele, atualmente nos Estados Unidos, enfrenta seus próprios desafios, incluindo um processo por coação no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado a uma articulação de sanções americanas contra autoridades brasileiras.

Outros nomes da direita que estão sendo cotados para a disputa incluem o Dr. Marco Feliciano (PL), o vice-prefeito da capital, coronel Mello Araújo (PL), e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos). Adicionalmente, o ex-governador Rodrigo Garcia, atualmente sem partido, também tem demonstrado interesse.

Dinamismo político e eventos no estado

Recentemente, Rosana participou de um evento no Palácio dos Bandeirantes, onde entregou veículos do Fundo Social para diversas prefeituras. Sua presença em cena nos eventos, incluindo fotos com beneficiários, colabora para sua imagem positiva entre os eleitores. Investimentos de tempo e aposta em capital político são fundamentais para a construção de sua candidatura.

Um dirigente partidário que está envolvido nas conversas sobre a composição da chapa destaca que a proximidade de Rosana com o governador Tarcísio e a primeira-dama pode torná-la um nome de consenso. Esse aspecto, além de contar com o apelo feminino, poderá ser utilizado por Valdemar em prol de uma barragem a contra-indicações de Salles, que não é visto com bons olhos por ele.

Reaproximação entre Salles e Valdemar

Dentro desse contexto, alguns políticos do campo bolsonarista têm tentado organizar um encontro entre Salles e Valdemar, com o intuito de pacificar as relações. Uma possível volta de Salles ao PL, que anteriormente era do Novo, está em discussão. O ex-ministro se afastou da legenda após atacar publicamente o grupo de Valdemar, o que o tornou uma figura incómoda na sigla.

O apoio de Derrite a uma possível candidatura de Salles para o Senado é uma tentativa de unificar o campo da direita. Para Salles, essa é uma estratégia para fortalecer suas chances de eleger um candidato forte do PL.

Posicionamentos de Michelle e consequências políticas

Durante evento no Ceará, Michelle tornou pública sua posição sobre a aliança do PL com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB), afirmando que possui uma autonomia política própria. Isso desencadeou reações entre os filhos de Bolsonaro, que criticaram Michelle publicamente, mas posteriormente recuaram após uma visita ao ex-presidente.

Além de sua atuação em São Paulo, a ex-primeira-dama também tem se manifestado em favor da deputada federal Carol de Toni (PL) como candidata ao Senado em Santa Catarina, onde Carlos Bolsonaro (PL) considera sua candidatura. Essa movimentação pode criar fricções internas, especialmente com outras lideranças do partido que desejam suporte a outros candidatos.

À medida que as articulações prosseguem, a estrutura de candidaturas definidas e a discussão sobre quem será escolhido fará um impacto significativo nas próximas eleições. O cenário continua evoluindo à medida que bolsonaristas tentam se firmar e alinhar suas estratégias para as disputas que já se avizinham.

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