As autoridades regionais da Catalunha confirmaram neste sábado que estão conduzindo uma investigação em cinco laboratórios no âmbito de uma força-tarefa para identificar a origem do recente surto de peste suína africana, doença que afeta o maior produtor europeu de carne suína. Salvador Illa, presidente regional, anunciou que foi solicitada uma auditoria completa em todas as instalações próximas ao foco de 20 quilômetros de zona de risco.
Investigação e medidas de controle na Catalunha
De acordo com Salvador Illa, a análise visa as instalações que trabalham com o vírus na área de risco, que atualmente envolve 55 fazendas com um total de 80.000 suínos considerados saudáveis e aptos para consumo, após exames que confirmaram a ausência do vírus até o momento. “São poucos centros, não mais do que cinco”, destacou. Os animais poderão ser comercializados na Espanha de forma segura, seguindo protocolos específicos, de modo progressivo, disse Illa.
Primeiro foco na Espanha desde 1994
Até o presente momento, o vírus foi detectado em 13 javalis mortos nas proximidades de Barcelona, representando o primeiro foco da doença na Espanha desde 1994. A peste suína africana, que não representa risco para humanos, é uma doença viral hemorrágica com uma taxa de mortalidade próxima de 100% em suínos e javalis. As autoridades brasileiras reforçam que o vírus não afeta pessoas, mas representam uma ameaça severa ao setor pecuário.
Suspeita de fuga de laboratório e análise genômica
O Ministério da Agricultura da Espanha revelou que está investigando a possibilidade de que o vírus tenha escapado de um centro de pesquisa após análise do genoma do agente infeccioso, realizado pelo laboratório de referência da União Europeia. O perfil genético do vírus, denominado cepa ‘Georgia 2007’, é frequente em estudos laboratoriais e difere das cepas atualmente disseminadas por diversos países europeus, o que reforça a hipótese de vazamento acidental.
Repercussões e próximos passos
As autoridades espanholas também destacaram que a saída do vírus de um laboratório poderia ter consequências graves para o controle da doença na Europa. Segundo o relatório, o foco atual não corresponde às cepas em circulação na maior parte dos países afetados. A investigação dos laboratórios faz parte do esforço para esclarecer o ocorrido e evitar novos surtos na região.
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