Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Excesso de pedidos de impeachment no STF é abordado por Flávio Dino

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, trouxe à tona, nesta sexta-feira, uma questão que tem gerado polêmica nos bastidores da política nacional: o crescente número de pedidos de impeachment contra integrantes da Corte. Em um evento promovido pelo portal Jota, Dino afirmou que existem “óbitos excessivos” nos processos de impeachment e destacou que a decisão recente do ministro Gilmar Mendes em restringir essa possibilidade é uma resposta a essa situação.

Licença da PGR e a lei de 1950

Dino enfatizou que a determinação de Gilmar Mendes, que estabelece que apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode solicitar pedidos de impeachment contra ministros do STF, revisa uma norma que remonta a 1950. Essa mudança é uma tentativa de conter a avalanche de pedidos que, segundo o ministro, nunca foi vista antes em tais proporções.

“Por que agora? Porque temos 81 pedidos de impeachment. Isso nunca aconteceu antes”, destacou Dino, ressaltando a necessidade de uma revisão do marco normativo. Ele expressou sua esperança de que esta decisão impulsione o Congresso Nacional a legislar sobre o assunto, tornando o processo mais criterioso e transparente.

O alvo dos pedidos de impeachment

Durante a discussão, Flávio Dino mencionou que cerca de metade dos pedidos de impeachment é direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, que tem sido alvo de “perseguição” e “chantagem”. “Os 81 pedidos, evidentemente, são um óbvio excesso. Basta lembrar que o campeão é apenas um ministro, Alexandre de Moraes. Ou se cuida de um serial killer ou se cuida de alguém que está sendo vítima de uma espécie de perseguição, uma chantagem”, afirmou.

O impacto da decisão de Gilmar Mendes

A decisão de Gilmar Mendes em restringir os pedidos de impeachment ainda precisa ser confirmada pelos demais ministros do STF. Um julgamento está marcado para o dia 12 deste mês, onde a Corte avaliará a legalidade e a necessidade da nova regra. O caso coloca em cheque a forma como os pedidos de impeachment têm sido conduzidos no Brasil e a saúde da nossa democracia.

Para muitos políticos e analistas, a concentração dos pedidos em um único ministro reflete não apenas uma batalha política, mas uma tentativa muito mais ampla de desestabilizar as instituições democráticas. O fato de que quase todos os pedidos estão direcionados a um único integrante do STF provoca preocupação sobre a instrumentalização do impeachment como uma arma política.

Reforma das regras de impeachment

A proposta de revisão das regras para os processos de impeachment, defendida por Dino, pode estabelecer um novo padrão na política brasileira. Atualmente, o impeachment é um tema sensível, muito debatido e frequentemente utilizado como uma forma de retaliar decisões judiciais ou atuações consideradas desfavoráveis. Nesta perspectiva, a prevenção de abusos se torna essencial para a proteção da estabilidade institucional do país.

O fortalecimento de medidas que impeçam a subida de pedidos infundados ao Congresso e que garantam um processo mais rigoroso para análise de tais solicitações pode ser visto como um avanço em direção à proteção das instituições e à promoção do debate democrático saudável.

Em suma, a declaração de Flávio Dino não apenas traz à luz um debate necessário sobre o estado atual das instituições brasileiras, mas também sinaliza um ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre os limites do impeachment e a necessidade de proteção da democracia no Brasil.

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