A cidade de Piracicaba (SP) enfrenta uma situação alarmante envolvendo o vereador Cássio Luiz Barbosa, mais conhecido como Cássio Fala Pira (PL), que está preso desde outubro sob graves acusações de crimes sexuais. O caso, que já conta com a denúncia de 12 mulheres, agora se torna ainda mais complexo com a abertura de um inquérito para investigar a suposta posse de material de abuso infantil pelo parlamentar, conforme informações divulgadas pela Delegacia Seccional de Piracicaba.
Acusações de crimes sexuais
As denúncias contra Cássio Fala Pira incluem relatos de abuso que teriam ocorrido dentro do gabinete do vereador, durante interações em busca de emprego. Em um dos casos relatados, uma mulher afirmou que, ao buscar ajuda, sofreu toques indevidos e coerção para tocar nas partes íntimas de Cássio. Outra denunciante revelou ter sido abusada em troca de promessas de cestas básicas e empregos.
Além disso, a Polícia Civil cumpriu quatro mandados, sendo um de prisão e três de busca e apreensão, coletando evidências em sua residência, escritório e gabinete. Durante esse processo, computadores e celulares foram apreendidos, inserindo Cássio em um contexto ainda mais delicado.
O desdobrar da prisão e defesa do vereador
No último dia 5 de novembro, a Polícia Civil decidiu prorrogar a prisão temporária do vereador por mais 30 dias. Em resposta às acusações, Cássio nega veementemente qualquer ato de abuso e afirma que pretende provar sua inocência. A defesa do parlamentar argumenta que o conteúdo encontrado em seu celular estava relacionado a denúncias que ele mesmo havia recebido sobre outra pessoa, e que ele não tinha relação com esse material.
Recentemente, seus advogados também levantaram questionamentos sobre a legalidade da prisão, alegando constrangimento ilegal e afirmando que o vereador está tranquilo em relação às acusações. Eles sugerem que as denúncias são fracas e que a sua manutenção na prisão representa um abuso de autoridade.
Impacto político e social em Piracicaba
A situação de Cássio Fala Pira gerou uma onda de indignação e preocupação na cidade de Piracicaba. O Diretório Municipal do Partido Liberal (PL) reconheceu a gravidade das denúncias e, segundo informações, um processo disciplinar poderá ser aberto, o que pode culminar na expulsão do vereador da legenda. Enquanto isso, a Câmara Municipal decidiu que a convocação de um suplente só ocorrerá caso Cássio permaneça afastado por mais de 120 dias. Ele já solicitou afastamento sem remuneração até 16 de dezembro, que foi aprovado por um expressivo número de votos.
As repercussões das acusações e a intensidade das denúncias também abriram um debate mais amplo sobre a segurança e a proteção das mulheres, especialmente em ambientes políticos. As hashtags relacionadas ao caso começaram a ganhar força nas redes sociais, com muitos pedindo justiça e atenção às vítimas.
Acompanhamento das investigações
Com o andamento do inquérito, a Polícia Civil continua coletando evidências e testemunhos. Até o momento, a defesa de Cássio não apresentou as provas que afirmam possuir para demonstrar sua inocência. As investigações são críticas neste caso, não apenas para assegurar a justiça individual, mas também para lidar com as alegações de um contexto maior de abuso e impunidade.
Perspectivas futuras
A manutenção das investigações é de extrema importância neste caso, considerando o impacto sobre as vítimas e a necessidade de justiça. Embora o vereador Cássio Fala Pira continue reiterando sua inocência, a credibilidade pública e a confiança na política local podem ser prejudicadas se as acusações forem confirmadas.
A sociedade aguarda ansiosamente por desdobramentos, esperando que a justiça prevaleça e que medidas eficazes sejam implementadas para proteger todas as vítimas de abuso. A evolução deste caso poderá estabelecer precedentes importantes no combate à violência de gênero e à impunidade em esferas públicas.
Enquanto isso, a Câmara Municipal de Piracicaba segue monitorando a situação e promete agir em conformidade com a legalidade e a gravidade das acusações.


