Nesta terça-feira, o Tesouro Nacional rejeitou a proposta de um consórcio de bancos que oferecia um empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, alegando que a taxa de juros de 136% do CDI era demasiadamente elevada para um crédito garantido pelo governo. A decisão foi comunicada oficialmente após análise das condições propostas.
Taxas de juros e contraproposta dos Correios
Segundo fontes da Fazenda ouvidas pelo blog, o Tesouro aceita taxas de até 120% do CDI, o que levou os Correios a se prepararem para apresentar uma contraproposta às instituições financeiras. A estatal busca, assim, obter melhores condições de financiamento para enfrentar sua grave crise econômica.
Contexto da crise dos Correios
Com um cenário de forte prejuízo, a empresa de serviços postais prevê que, ao final de 2025, o rombo poderá atingir R$ 10 bilhões, superando o déficit registrado em 2024. Em comunicado interno, os Correios estimaram que o prejuízo de 2025 será mais de R$ 7 bilhões maior do que o do ano anterior, refletindo o desafio de manter suas operações.
Impacto da decisão e próximas etapas
Embora o governo classifique o empréstimo como “sem risco” devido à garantia oferecida, a rejeição demonstra a dificuldade em encontrar condições viáveis de financiamento. Os Correios aguardam agora a resposta dos bancos às novas propostas, esperando que, sob novas condições, o crédito possa viabilizar a reestruturação da estatal.
Perspectivas futuras para os Correios
O plano de reestruturação da empresa inclui a captação de recursos para equilibrar as finanças e tentar reverter os prejuízos. A expectativa é que a estatal consiga alternativas de financiamento no mercado, além de buscar apoios do governo para melhorar sua sustentabilidade a longo prazo.


