Em um recente evento realizado em Pernambuco, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, usou um tom provocativo ao comentar sobre a relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante a cerimônia, que marcou o início das obras do Trem 2 da refinaria Abreu e Lima, Florianópolis, o ministro assegurou que a oposição está “com ciúmes” dessa aproximação internacional.
A conversa entre Lula e Trump
Na terça-feira (2), Lula teve uma conversa telefônica de 40 minutos com Trump, onde discutiram várias questões pertinentes ao comércio, economia e combate ao crime organizado. De acordo com o governo brasileiro, a conversa foi “muito produtiva” e demonstrou uma forte química entre os líderes, uma relação que, segundo Costa Filho, a oposição tem tentado desmerecer.
Costa Filho, em seu discurso, fez questão de mencionar o desespero da oposição ao afirmar: “eles estão desesperados porque mais uma vez vão perder a eleição. O presidente Lula será reeleito, e apostaram na briga de Trump com Lula”. Para o ministro, a natureza dessa relação internacional poderia ter impactos significativos no cenário eleitoral brasileiro do ano que vem.
Investimentos na refinaria Abreu e Lima
O evento onde Costa Filho falou sobre a relação entre Lula e Trump foi também uma oportunidade para anunciar o investimento de aproximadamente R$ 12 bilhões na ampliação da capacidade da refinaria Abreu e Lima, localizada em Ipojuca. Esse projeto visa não apenas aumentar a produção, mas também fortalecer a capacidade de gerar empregos e fomentar a economia local, um ponto que foi valorizado pelo ministro.
As reacções em Brasília
A fala do ministro ecoa um sentimento que já é palpável em outros setores do governo, onde se observa um desejo de reforçar laços com os Estados Unidos. O Planalto também informou que Lula avaliou positivamente a decisão de Trump de retirar uma tarifa adicional de 40% sobre alguns produtos brasileiros, como carne, café e frutas, mas ressaltou que ainda há muito a ser feito nas negociações com o país norte-americano.
Além disso, o governo brasileiro pretende avançar rapidamente nas discussões para eliminar outras tarifas que ainda permanecem e, segundo o comunicado do Planalto, os dois líderes concordaram em voltar a conversar “em breve” sobre o andamento das iniciativas.
Conclusão: impactando a política e a economia
A relação entre Lula e Trump promete ser um tema recorrente no cenário político brasileiro, especialmente à medida que as eleições de 2024 se aproximam. A interação dos líderes e a argumentação de Costa Filho sobre a oposição mostram que a conexão entre Brasil e Estados Unidos será um ponto de destaque não apenas nas questões de comércio e política internacional, mas também nas campanhas eleitorais.
Enquanto isso, Lula continua sua agenda no Nordeste, onde está programado para embarcar à tarde para Fortaleza (CE), o que demonstra sua presença constante em diversas regiões do país, buscando fortalecer sua imagem e suas políticas antes de uma possível reeleição.
