O Papa Leo XIV revelou nesta terça-feira (2) que começou diálogos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a necessidade de cessar a violência e buscar soluções diplomáticas no Oriente Médio. A informação foi divulgada em entrevista coletiva ao desembarcar de Beirut rumo a Roma.
Papel do Vaticano na busca por paz regional
Durante a viagem, o pontífice também conduziu reuniões pessoais com representantes de grupos políticos envolvidos em conflitos na região, embora não tenha divulgado nomes específicos. “Nosso trabalho não é algo que anunciamos publicamente”, afirmou Leo XIV. “Nos empenhamos para convencer as partes a abandonar as armas e o confronto, e promover o diálogo.”
Enfrentando tensões em países vizinhos
Além das conversas com líderes de países, o Papa comentou sobre questões de influência de grupos militantes, como o Hezbollah, destacando sua busca por aproximações discretas. “O objetivo é sempre o mesmo: convencer as partes a colocar fim à violência e a sentar-se à mesa de diálogo.”
Reflexões sobre a coexistência de religiões e o papel do Líbano
Leo XIV também abordou preocupações relativas à presença do Islã na Europa, ressaltando que o medo muitas vezes é alimentado por quem se opõe à imigração. “O Líbano oferece um exemplo importante de convivência pacífica, onde Islã e Cristianismo coexistem com respeito mútuo”, afirmou.
Paz na Ucrânia e influência europeia
Ao falar sobre a crise na Ucrânia, o Papa reiterou seu apelo por um cessar-fogo. Ele destacou o papel da Europa na mediação, lembrando que os EUA revisaram sua proposta de paz após preocupações do continente. Leo sugeriu que a Itália possa atuar como intermediária importante no conflito.
Próximos passos do pontífice
Leo afirmou que planeja visitar países africanos, incluindo a Argélia, para fortalecer pontes com o Islã e explorar locais ligados a Santo Agostinho. Ele também mencionou o interesse em visitar Argentina, Uruguai e outros países latino-americanos, embora ainda sem confirmação oficial.
Diálogo com a Igreja Alemã e questões globais
O pontífice comentou sobre a controvérsia do Caminho Sinodal na Alemanha, defendendo a importância de diálogo e escuta mútua dentro da Igreja. “As mudanças devem ocorrer de forma a manter a unidade e a universalidade da Igreja”, afirmou.
Unidade e convivência inter-religiosa
Reforçando o valor da união, Leo destacou experiências de cooperação entre cristãos e muçulmanos em regiões de conflito, ressaltando que ações de solidariedade demonstram que a paz verdadeira nasce na confiança mútua.
Espiritualidade e aprendizado pessoal
Questionado sobre sua formação espiritual, o papa recomendou a leitura de um livro de Frei Carmelita, Brother Lawrence, denominado “A prática da presença de Deus”. “Essa obra reflete uma oração simples e a entrega total a Deus, que tem guiado minha caminhada”, compartilhou.
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