Na última terça-feira, 2 de dezembro, o Papa Leão XIV proferiu seu discurso de despedida do Líbano no Aeroporto Internacional Rafiq Hariri, em Beirute, encerrando sua primeira viagem apostólica internacional. Durante suas palavras, o Pontífice enfatizou o desejo de propagar um “espírito de fraternidade e compromisso em prol da paz” em toda a região do Oriente Médio, buscando alcançar até mesmo aqueles que hoje se consideram inimigos.
A importância do diálogo e da paz
No discurso, Leão XIV destacou que “as armas matam”, enquanto “a negociação, a mediação e o diálogo edificam”. Sua mensagem foi clara: é fundamental escolher a paz não apenas como um objetivo, mas como um caminho a ser seguido por todos os povos. Ao se dirigir aos libaneses, enfatizou que estar juntos é contagiante e transformador, expressando a importância do encontro e da convivência pacífica.
“É mais difícil partir do que chegar”, refletiu o Papa, ressaltando sobre o convívio vivido nos dias passados no Líbano, um país que, segundo ele, “não gosta do isolamento, mas do encontro”. O Pontífice também expressou sua gratidão pela recepção calorosa e pelos momentos de convivência que marcaram sua visita, reafirmando que, embora deixe a terra libanesa, levará o povo em seu coração.
A devoção do povo libanês
O Papa também ressaltou a veneração que os libaneses têm por Nossa Senhora, uma figura querida tanto entre cristãos quanto muçulmanos. Durante sua estada, o Pontífice teve a oportunidade de rezar no túmulo de São Charbel, onde sentiu as “profundas raízes espirituais” do país. Ele comentou sobre a história rica do Líbano e como esta pode sustentar o sono para um futuro mais promissor.
A visita ao porto de Beirute, onde ocorreu uma explosão devastadora que destruiu vidas e propriedades, também marcou profundamente o Papa. Ele rezou pelas vítimas e expressou solidariedade à dor e à busca por justiça de tantas famílias. “Rezei por todas as vítimas e levo comigo a dor e a sede de verdade e justiça de tantas famílias e de um país inteiro”, declarou.
Um chamado à esperança
Em seu discurso final no Líbano, Leão XIV fez uma série de observações sobre a força do povo libanês. Ele os comparou a “cedros, árvores das vossas belas montanhas” e “oliveiras que crescem na planície”, simbolizando sua resistência e esperança. Além disso, fez questão de se referir às regiões do Líbano que não teve a oportunidade de visitar, como Trípoli e o Vale do Beca, que enfrentam conflitos e incertezas há tempos.
O apelo do Papa foi claro: “Cessam os ataques e as hostilidades”. Ele fez um apelo aos presentes, pedindo que ninguém acredite que a luta armada possa trazer benefícios, e reiterou a necessidade de se escolher a paz como um caminho viável. Leão XIV também recordou as palavras de São João Paulo II: “O Líbano, mais do que um país, é uma mensagem”, enfatizando a importância da união e da esperança entre os povos.
Após uma visita marcada por sentimentos de acolhimento e um forte compromisso com a paz, Papa Leão XIV deixou o Líbano com a esperança de que seu discurso inspire mudanças e diálogos em um cenário marcado por desafios e conflitos. Sua presença e palavras ressoarão no coração dos libaneses, com a expectativa de que o futuro traga mais união e harmonia entre todos os habitantes do Oriente Médio.
Saiba mais sobre a visita do Papa Leão XIV ao Líbano em [Vatican News](https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-12/papa-leao-despedida-libano-votos-paz-cessem-ataques-hostilidades.html).



