Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Multas em aberto contra Enel superam R$ 260 milhões em SP

A situação da Enel Brasil, empresa responsável pela distribuição de energia em São Paulo, ganhou contornos preocupantes nas últimas semanas. O Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalie a possível intervenção na concessão da empresa. As multas acumuladas pela Enel, que já superam a casa dos R$ 300 milhões, refletem a insatisfação do regulador com a qualidade do serviço prestado, especialmente durante eventos climáticos extremos que afetaram a capital paulista nos últimos anos.

Problemas recorrentes de atendimento

De acordo com a área técnica do TCU, a Enel enfrentou diversas falhas na prestação de serviço, especialmente durante emergências climáticas em 2023 e 2024. A empresa levou dias para restabelecer o fornecimento de energia após tempestades, deixando milhares de consumidores sem luz. Esse cenário deteriorou a confiança dos usuários e atraiu a atenção das autoridades reguladoras.

O diretor da Aneel, Gentil Nogueira de Sá Júnior, pediu mais tempo para analisar o processo que investiga as falhas operacionais da empresa. Essa investigação poderá resultar na cassação da concessão da Enel, que atualmente está prevista para terminar em 2028, embora a empresa já tenha solicitado a renovação antecipada do contrato.

A atuação da Aneel

Com o aumento das reclamações, a Aneel emitiu um Termo de Intimação contra a Enel em outubro de 2024, relacionado ao descumprimento de um plano de contingência estabelecido entre a empresa e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). A reincidência de falhas no atendimento esteve no centro das preocupações regulatórias, especialmente em relação às longas interrupções de energia.

Apesar de alguns avanços, como a redução no tempo médio de resposta a ocorrências emergenciais, as autoridades seguem céticas em relação à regularização definitiva das falhas. O parecer da Aneel sugere que o acompanhamento das ações da Enel continue após a conclusão das melhorias estruturais, buscando garantir que os problemas sejam resolvidos de forma definitiva.

Por que a Enel pode perder a concessão?

A possibilidade de caducidade da concessão da Enel surgiu como consequência das falhas recorrentes e do não cumprimento de normas estabelecidas. Os problemas de atendimento se intensificaram durante episódios climáticos, onde muitos consumidores enfrentaram longos períodos sem energia elétrica. Essa situação crítica gerou um ambiente de incerteza, tanto para a empresa quanto para os consumidores, que exigem um serviço de qualidade.

A indicação da Aneel sobre a caducidade foi acompanhada por um pedido do Ministério Público Federal visando a suspensão imediata da renovação do contrato. A Prefeitura de São Paulo também se manifestou, exigindo que a revisão dos critérios de avaliação do serviço preceda qualquer renovação.

Expectativas futuras

As recomendações do TCU e da Aneel ressaltam a necessidade de uma análise cuidadosa da situação da Enel. A continuidade da empresa na prestação de serviços essenciais depende da correção das falhas e da recuperação da confiança dos consumidores. A avaliação final da Aneel e do Ministério de Minas e Energia será crucial para determinar os próximos passos na regulacão do setor elétrico em São Paulo.

Os próximos meses serão determinantes para a empresa e para os cidadãos que dependem de um fornecimento de energia confiável. A expectativa é que as medidas sejam implementadas de forma eficaz, garantindo que os serviços prestados atendam às necessidades da população. O acompanhamento contínuo e a pressão regulatória podem ser as ferramentas necessárias para reverter o quadro atual e preservar a concessão da Enel no Estado.

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