Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Lula reafirma apoio a Jorge Messias para vaga no STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não contempla outra possibilidade para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), reiterando sua intenção de nomear o atual ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Essa determinação se torna ainda mais relevante após a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, gerando uma tensão entre o Palácio do Planalto e o Senado que se intensificou no último fim de semana.

Articulação política de Lula em busca de apoio

Lula sinalizou que não pretende abrir espaço a especulações sobre outros possíveis candidatos à Corte, caso Messias enfrente rejeição pelo Senado. Ele tem dedicado atenção especial à articulação política necessária em meio à crise atual, uma vez que há comunicação bloqueada entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), desde a indicação de Messias ao STF em 20 de novembro. Para contornar essa situação, Lula tem conversado diretamente com senadores, buscando apoio para a indicação.

Na terça-feira, Wagner declarou que a relação entre ele e Alcolumbre é boa, e que esforços estão sendo feitos para restabelecer o diálogo. “Ainda não conversamos, mas isso está sendo trabalhado”, informou. O líder do governo mencionou que há muitos intermediários envolvidos nas conversas, como vice-líderes e líderes de outros partidos, aumentando a expectativa de que uma conversa direta entre Lula e Alcolumbre ocorra em breve.

Confiança na escolha e apoio na CCJ

Em um almoço recente com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação de Messias, Lula expressou satisfação com sua escolha e assegurou que não planeja reverter sua decisão. Weverton indicou que pretende apresentar um parecer favorável à indicação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, demonstrando apoio à candidatura de Messias.

Entretanto, o governo reconhece as dificuldades que Messias pode enfrentar no Senado e já atua para ganhar tempo para que ele possa se articular melhor com os parlamentares. A estratégia inclui a possibilidade de adiar a sabatina marcada para 10 de dezembro, sendo que o envio formal da comunicação ao Congresso ainda não foi realizado. Além disso, existe a alternativa de protelar a análise da CCJ para 2026.

Desafios e movimentações no Senado

Messias enfrenta um caminho repleto de desafios em sua jornada pelo Senado. O advogado-geral da União havia planejado um almoço com integrantes do bloco parlamentar ‘Vanguarda’, que é composto por 16 parlamentares do PL e do Partido Novo, mas essa agenda foi desmarcada. Esse cenário reflete a complexidade da articulação política envolvida na indicação.

Messias também fez questão de solicitar um encontro com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que era o preferido da Casa para a vaga deixada por Barroso, mas acabou sendo preterido por Lula. Contudo, a expectativa é de que esse encontro aconteça somente quando a tensão entre o Planalto e o Senado diminuir, o que ainda está por vir.

O futuro da indicação de Jorge Messias ao STF permanece incerto, mas a determinação de Lula em mantê-lo como candidato é clara. As próximas semanas são cruciais e podem determinar o desfecho dessa articulação política em um cenário já conturbado pela nova dinâmica no Senado e pela busca contínua de apoio por parte do governo.

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