A atividade industrial brasileira cresceu 0,1% em outubro, após registrar uma queda de 0,4% em setembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado, que previa avanço de 0,5%, segundo levantamento do Valor Data.
Perspectivas e desafios na produção industrial
Na comparação com outubro de 2024, a indústria apresentou recuo de 0,5%, sinalizando uma leve retração na atividade anual. No acumulado do ano, contudo, o setor avançou 0,8%, ao passo que nos últimos 12 meses o crescimento atingiu 0,9%.
Contribuição positiva das indústrias extrativas
O setor de indústrias extrativas destacou-se com crescimento de 3,6% em outubro, influenciado pela maior extração de petróleo, minério de ferro e gás natural. Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, “o avanço compensou a perda de 1,7% acumulada em agosto e setembro”.
Setores com crescimento e recuos na produção
Entre as 25 atividades industriais analisadas, 12 apresentaram expansão na produção com ajuste sazonal. Destacam-se setores como produtos alimentícios (0,9%), produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,0%), de produtos químicos (1,3%), além de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (4,1%) e confecção de vestuário e acessórios (3,8%).
Por outro lado, 13 atividades registraram recuos, principalmente coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), além de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,8%).
Principais impactos negativos
O recuo na produção de derivados do petróleo foi aprofundado por paralisações em unidades produtivas, enquanto a indústria farmacêutica acumulou perdas de 19,8% em dois meses consecutivos, após alta de 28,6% entre maio e agosto de 2025. Outras atividades com resultados negativos incluem impressão e reprodução de gravações (-28,6%) e produtos do fumo (-19,5%).
Implicações e perspectivas futuras
Especialistas avaliam que o crescimento de 0,1% em outubro reforça os desafios do setor diante de um cenário de lenta recuperação econômica. A continuidade de fatores como paralisações e retrações específicas impõe uma rotina de ajustes e mudanças na produção industrial brasileira.
O desempenho da indústria em 2025 mostra que o setor ainda enfrenta obstáculos para consolidar um crescimento mais robusto, apesar do avanço acumulado no trimestre e do aumento moderado nos últimos meses.
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