Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Homem é preso pela morte do enteado de 2 anos no Rio de Janeiro

A morte trágica de uma criança de apenas dois anos, na cidade de Queimados, na Baixada Fluminense, chocou a população e levantou questionamentos sobre a violência doméstica. O padrasto, Paulo César Silva Santos, foi preso em flagrante, acusado de homicídio. Durante a investigação, o delegado Júlio da Silva Filho revelou que o homem admitiu ter agredido o menino com “palmadas e chineladas”. A situação da família e os detalhes do caso revelam um cenário preocupante sobre a agressividade no ambiente familiar.

Detalhes da investigação

Os depoimentos coletados pela polícia indicam que a criança, Henry Gabriel, tinha muito medo de seu padrasto. A avó materna do menino testemunhou que ele “tremia e ficava inquieto” sempre que Paulo estava por perto. Vizinhos também relataram ter ouvido gritos e choros de Henry e seu agressor, o que levantou suspeitas sobre o tratamento que ele recebia dentro de casa. O delegado enfatizou que as agressões não eram isoladas; habitualmente, Paulo era descrito como alguém que agredia a criança.

A mãe de Henry, Yasmin Martins, supostamente não tinha ciência da gravidade das agressões. Ela achava que os atos de Paulo eram uma forma de correção comum. Após ser alertada por uma vizinha sobre os gritos de Henry, Yasmin parecia desinformada sobre o que realmente ocorria. O depoimento da mãe também trouxe à tona o histórico de violência do padastro, que já havia agredido Yasmin por ciúmes em outras ocasiões.

A tragédia do dia da morte

No início do mês, Yasmin solicitou que Paulo levasse Henry para a casa da avó, pois seria o último dia que ele estaria na residência. Paulo levou Henry à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Queimados ao meio-dia, onde a equipe médica constatou múltiplos hematomas no corpo da criança, típicos de agressão. Infelizmente, Henry não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto ao dar entrada na unidade de saúde.

A direção da UPA imediatamente acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, resultando na prisão de Paulo César. Ele foi levado à 55ª DP e recebeu indiciamento por homicídio qualificado. O delegado afirmou que o padrasto tentou minimizar as agressões em seu depoimento, negando a seriedade das lesões que causou. Ao se apresentar à polícia, Paulo admitiu ter dado algumas palmadas, mas não disse que essas agressões resultaram na morte da criança.

Reação da família e da comunidade

A dor da perda se intensificou após a confirmação da morte de Henry. O pai, David dos Santos Barreto, expressou sua devastação ao sair do Instituto Médico-Legal (IML) em Nova Iguaçu: “Estou arrasado. Tem uma faca enfiada no meu peito”, disse ele, refletindo o desespero e a dor imensurável que está enfrentando. Com a criança sob cuidados da mãe durante os dias da semana e frequentemente deixada na casa da avó, o caso levanta questões sobre o papel da rede de proteção às crianças e a possibilidade de intervenções preventivas frente a sinais de violência.

Diante da gravidade da situação, a TV Globo procurou a defesa de Paulo César Silva Santos, mas até a última atualização, não havia recebido um retorno. A história continua a repercutir em toda a comunidade, enfatizando a necessidade urgente de atenção e medidas eficazes contra a violência em lares brasileiros.

O caso de Henry Gabriel é um triste lembrete de que toda criança tem o direito de crescer em um ambiente seguro e acolhedor. A sociedade precisa se unir para evitar que tragédias como essa se repitam e garantir que as crianças sejam protegidas de qualquer forma de violência.

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