Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Haysam Ali traz conscientização sobre HIV em peça teatral

O mês de dezembro traz consigo uma data que permanece urgente: a prevenção ao HIV/AIDS. Longe do grande surto que marcou os anos 1980 e 1990, mas ainda dependente de discursos que não deixem o assunto cair no silêncio, o tema retorna em um momento em que já se fala em cura e em vacina. A distância histórica, porém, não apaga o fato de que, logo após a descoberta do vírus, viver com HIV era, essencialmente, receber uma sentença de morte.

Haysam Ali e sua interpretação em “Angels in America”

É esse espectro que assombra “Angels in America”, peça na qual Haysam Ali é o único brasileiro a integrar o elenco e que estreia dia 4 de dezembro, no Art of Acting Hollywood. Há mais de uma década morando nos Estados Unidos, ele interpreta um personagem que convive com a condição em plena efervescência dos anos 1980. O ator, em entrevista para o site Heloisa Tolipan, falou abertamente sobre o desafio de dar vida ao personagem no teatro, e analisou os dados atuais que mostram 40,8 milhões de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo.

A realidade atual da epidemia

Em 2024, dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) indicaram 1,3 milhão de novas infecções e que 9,2 milhões de pessoas ainda não têm acesso ao tratamento. “Ainda existe um estigma. Não se compreende mais como uma sentença de morte, como era no passado, mas as pessoas têm preconceito. Ainda que haja muitas pessoas indetectáveis e que não se sentem confortáveis em levantar a bandeira e falar sobre o assunto, porque ainda causa um certo desconforto em alguns círculos sociais”, afirma Haysam.

O personagem e suas lutas

O personagem que Haysam interpreta na peça contrai o HIV, que rapidamente se torna AIDS, pois os efeitos colaterais da medicação eram terríveis na época. Ao revisitar o período, Haysam lembra que uma das medicações mais usadas, o AZT — primeiro antirretroviral aprovado para o tratamento da infecção pelo HIV — era um remédio tão necessário quanto devastador. “Muita gente morreu naquela época devido a essa falta de entendimento. Cheguei a saber de situações, em pesquisas que fiz, de ambulâncias que iam buscar o filho de um casal e, quando ele estava desmaiado, tendo uma convulsão, o enfermeiro se negou a atendê-lo quando soube que se tratava de um paciente HIV positivo”, contou o ator.

Importância da prevenção e conscientização

A peça “Angels in America” não é apenas uma representação da época, mas também um chamado à ação e à educação sobre HIV/AIDS. Através da arte, Haysam busca tocar o coração do público e estimular conversas que, nas últimas décadas, muitas vezes ficaram silenciadas. Com os avanços na medicina, a percepção sobre o HIV mudou, mas a discriminação e o estigma persistem. A luta contra a desinformação e os preconceitos continua tão relevante quanto antes.

O trabalho de Haysam não se limita à atuação; ele também se vê como um agente de mudança. “Quando as pessoas assistem à peça, espero que se sintam provocadas a falar sobre o HIV e a importância do tratamento. O diálogo é fundamental para mudarmos a realidade e diminuirmos o preconceito”, concluiu.

Com a nova produção, Haysam Ali demonstra que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de conscientização, essencial para quebrar estigmas e promover a saúde pública. “Angels in America” promete ser mais do que uma mera apresentação teatral; é um lembrete de que a luta contra o HIV/AIDS ainda é urgente e necessária.

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