O apresentador e narrador Galvão Bueno não hesitou em expressar seu descontentamento com o formato da Copa Intercontinental, que terá o Flamengo como representante brasileiro. O Rubro-Negro assegurou sua vaga para o torneio da FIFA após conquistar a Libertadores no último sábado (29).
No programa “Galvão e Amigos”, exibido na Band, Galvão questionou por que o campeão da principal competição das Américas precisa disputar duas partidas antes de chegar à final do Intercontinental. O Paris Saint-Germain, atual campeão da Champions League, já está garantido na decisão.
“Queria falar sobre o Intercontinental. No dia 10 de dezembro, o Flamengo joga contra o Cruz Azul. Depois enfrenta o Pyramids, no dia 13. Gente, estamos falando do campeão da Libertadores, um torneio que une clubes do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia. Colocaram o futebol da América do Sul no nível de Jamaica, Canadá, Estados Unidos e México. O que é isso? É um absurdo”, disse o comunicador.
Galvão concluiu sua crítica afirmando que esse formato é uma ofensa ao futebol sul-americano: “Não é o Flamengo. É a América do Sul. Ter que jogar dois jogos para chegar à final. Será que o presidente da Conmebol não fica ofendido? Para mim, é falta de vergonha na cara”.
A estreia do Flamengo na Copa Intercontinental
O Rubro-Negro fará sua estreia na Copa Intercontinental no dia 10 de dezembro, enfrentando o Cruz Azul, do México. Este time, atual campeão da Copa dos Campeões da CONCACAF, garantiu sua participação no torneio após uma goleada impressionante de 5 a 0 sobre o Vancouver Whitecaps, do Canadá, na decisão.
Além disso, o Cruz Azul está na semifinal do Campeonato Mexicano, onde enfrentará o Tigres. A primeira partida desta fase do torneio ocorrerá nesta terça-feira (2), e a partida de volta está marcada para o dia 5 de dezembro.
As críticas de Galvão Bueno levantam um debate sobre o tratamento dado ao futebol sul-americano em competições internacionais. A preocupação é que formatos que desvalorizam as conquistas locais possam afetar a imagem da qualidade do futebol no continente. Essa questão se torna ainda mais evidente quando comparada às condições em que os campeões europeus disputam suas competições, com um tratamento muitas vezes mais prestigioso.
A Copa Intercontinental já foi palco de grandes embates entre os campeões da Libertadores e da Champions League, mas o novo formato, que envolve mais partidas, pode ser visto como uma tentativa de gerar mais receita, apesar das críticas recebidas.
Os torcedores, por sua vez, permanecem ansiosos para ver como o Flamengo se sairá neste novo desafio, diante das declarações de Galvão e de outros críticos que levantam questionamentos sobre o verdadeiro valor das conquistas esportivas.



