A previsão do clima até 2100 é de um planeta até 4ºC mais quente, devido às atividades humanas e ao aumento de gases-estufa na atmosfera, indicam cientistas. Caso as emissões continuem crescendo no ritmo atual, essa quantidade pode chegar a quase 4ºC, trazendo consequências catastróficas.
Desafios de mitigação e adaptação às mudanças climáticas
Segundo José Marengo, diretor de pesquisa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), é fundamental reduzir as emissões de gases-estufa e adaptar-se às alterações já em curso. “Em alguns locais, os extremos climáticos poderão ser tão intensos que a adaptação será impossível”, alerta o climatologista.
Projeções para a América do Sul tropical
Se os países não cumprirem suas metas de redução de emissões, as projeções indicam um aumento de temperatura de 4ºC a 6ºC na região até 2100. Essa elevação pode tornar muitas áreas inabitáveis e agravar os eventos climáticos extremos.
Impactos na sociedade e no meio ambiente
Marengo explica que o cenário é “realmente infernal”, não apenas pelo calor, mas por extremos brutais de eventos climáticos. “O ser humano precisará mudar seu estilo de vida. Quem pode pagar, já sofre com ambientes fechados e refrigerados”, questiona o cientista.
Resultados da COP30 e desafios futuros
Embora a COP30 tenha contado com uma maior participação da ciência e da sociedade civil, não houve ações concretas para limitar as emissões durante o evento, realizado em Belém. As projeções do IPCC indicam que, se as metas forem cumpridas, a temperatura global chegará a 2ºC acima dos níveis pré-industriais por volta de 2050. Para evitar isso, será necessário reduzir drasticamente as emissões e apostar em soluções baseadas na natureza.
Passado e presente do aquecimento global
Marengo ressalta que já ultrapassamos o aumento de 1,5ºC, limite considerado seguro para evitar eventos extremos mais severos. O limite foi atingido em 2024 e tudo indica que 2025 seguirá o mesmo caminho. Os efeitos do aquecimento global já são percebidos, como ondas de calor, supertempestades e eventos climáticos únicos.
Episódios meteorológicos extremos no Brasil
Em 7 de novembro, um tornado de alta intensidade atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, com ventos de até 418 km/h, um recorde para o país. O fenômeno aconteceu enquanto líderes mundiais se reuniam na região para discutir o clima, reforçando os sinais de que os efeitos do aquecimento já estão presentes na rotina brasileira.
Para saber mais, acesse a matéria completa no Fonte.
