Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Correios suspendem empréstimo de R$ 20 bilhões após rejeição do Tesouro

A direção dos Correios suspendeu a tentativa de contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos, após o Tesouro Nacional rejeitar a operação devido ao alto custo. A decisão foi tomada nesta semana, após uma reunião entre o presidente Emmanoel Rondon e representantes do Ministério da Fazenda.

Rejeição devido ao custo elevado do empréstimo

A proposta, que vinha sendo negociada com bancos como BTG Pactual, Banco do Brasil, Citibank, ABC Brasil e Safra, previa uma taxa de juros próxima de 136% do CDI. Tal valor é considerado alto para operações sob garantia do Tesouro, que normalmente atingem até 120% do CDI. Segundo fontes do setor, essa discrepância foi a principal razão para a suspensão da negociação.

Embora a contratação tenha sido aprovada pelo Conselho de Administração no último sábado, a estatal comunicou aos funcionários que as condições financeiras ainda estavam sendo ajustadas com os bancos. Agora, a nova gestão dos Correios busca alternativas e tentará renegociar melhores condições, considerando que a garantia da União reduz o risco da operação.

Reforma e recuperação financeira

Os Correios veem o empréstimo como essencial para equilibrar suas contas, pagar dívidas em atraso e implementar o plano de reestruturação que visa a retomada do lucro em 2027. Até setembro, o prejuízo acumulado em 2025 atingiu R$ 6,05 bilhões, quase triplicando o resultado negativo do mesmo período do ano passado.

Projeções internas indicam um rombo de R$ 10 bilhões em 2025 e de R$ 23 bilhões em 2026, caso o plano de reestruturação não seja implementado. A queda na receita, aumento de custos e perda de espaço no mercado de encomendas, que caiu de 51% para 25%, contribuem para o cenário crítico.

Medidas para reequilíbrio financeiro

O plano de reestruturação inclui um Programa de Demissão Voluntária (PDV) com expectativa de adesão de 10 mil funcionários, além do potencial de venda de imóveis ociosos revisado para até R$ 1,5 bilhão. Também está prevista a otimização da rede de atendimento, com redução de até mil pontos deficitários, e esforços para diminuir o déficit do plano de saúde dos funcionários, a Postal Saúde.

Perspectivas e próximos passos

Com a paralisação do empréstimo, os Correios avaliam novas condições de financiamento e continuam buscando alternativas para garantir o equilíbrio financeiro da estatal. A expectativa é que o plano de reestruturação avance com as ações previstas, mantendo o foco na recuperação financeira e na retomada da lucratividade.

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