Após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), o Ministério do Turismo (MTur) está em negociações para incluir Belém na rota de cruzeiros turísticos que cruzam tanto o âmbito nacional quanto internacional. O anúncio foi feito na semana passada e confirmado pelo ministro Celso Sabino nesta segunda-feira (1º/12). A iniciativa se baseia na infraestrutura portuária privilegiada da capital paraense, que foi modernizada para receber navios transatlânticos hoteleiros durante a COP30 e poderá ser aproveitada pelo setor privado.
Oportunidade para o turismo em Belém
De acordo com o comunicado do Ministério do Turismo, essa é uma oportunidade significativa para ampliar a oferta turística em Belém, fortalecer a imagem da Amazônia e atrair um número ainda maior de visitantes para a região. “Belém mais perto de entrar na rota dos cruzeiros. O MTur iniciou tratativas com a CLIA Brasil para incluir a capital paraense em novos roteiros nacionais e internacionais, aproveitando o Terminal de Outeiro modernizado para a COP30. Um passo decisivo para ampliar a oferta turística, fortalecer a Amazônia e atrair ainda mais visitantes para a região”, enfatizou o ministério.
Infraestrutura portuária modernizada
A CLIA Brasil, a principal entidade representativa do setor de cruzeiros no país, recebeu um ofício do Ministério do Turismo destacando as razões para transformar Belém em um ponto estratégico de turismo. O ofício menciona a modernização do Terminal Portuário de Outeiro, que demandou um investimento de R$ 260 milhões. O terminal agora conta com 716 metros de extensão, 11 “dolphins” (estrutura usada para atracar as embarcações), 10 pontes metálicas e uma capacidade de movimentação de 80 mil toneladas. Essa modernização foi crucial para trazer cruzeiros internacionais para Belém, como o Costa Diadema e o MSC Seaview, que estão servindo como hospedagem para as delegações estrangeiras que participam da COP30.
Retornos financeiros para a economia
Além de facilitar a hospedagem durante eventos internacionais, a modernização do terminal pode gerar significativos retornos financeiros e movimentações na economia local e nacional. Com a inclusão de Belém nas rotas de cruzeiros, a oferta turística se ampliaria, atraindo visitantes interessados em conhecer as belezas naturais da região amazônica. Este aumento no fluxo turístico também pode contribuir para um maior desenvolvimento econômico, especialmente considerando a riqueza cultural e histórica que Belém possui.
Colaboração da CLIA Brasil
A CLIA Brasil analisou positivamente o ofício enviado pelo ministério e manifestou interesse em ajudar na promoção da capital paraense como um destino turístico de cruzeiros. A instituição está disposta a colaborar tecnicamente, fornecendo informações relevantes sobre o terminal de Outeiro, como atrativos turísticos, opções gastronômicas e culturais, além de possibilidades de conexão com outros destinos no Sul do Caribe, Amazônia e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Essa parceria pode ser um incentivo poderoso para estabelecer Belém como um ponto de embarque e desembarque seguro e atraente para turistas internacionais.
Como será o futuro do turismo em Belém?
O futuro do turismo em Belém depende de diversos fatores, incluindo a capacidade de equipar a cidade com a infraestrutura necessária para atender a demanda de turistas de cruzeiros. O envolvimento de parceiros, tanto do governo quanto do setor privado, será essencial para maximizar o impacto econômico e garantir que a experiência dos visitantes em Belém seja memorável e superadora das expectativas.
À medida que as negociações avançam e as obras de modernização se consolidem, a expectativa é de que Belém seja não apenas uma escala em roteiros de cruzeiros, mas também um destino por si só, oferecendo uma rica combinação de cultura, gastronomia e experiências únicas na Amazônia.
Com a COP30 trazendo visibilidade à cidade, este pode ser o momento ideal para Belém brilhar no cenário turístico nacional e internacional.
