O volume de operações feitas pelo Pix atingiu um novo recorde na última sexta-feira, quando o sistema registrou 297,4 milhões de transações em um único dia, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central. As movimentações financeiras totalizaram R$ 166,2 bilhões, demonstrando a crescente adesão ao método de pagamento digital no país.
Quem movimentou o maior volume de Pix?
O novo pico supera o recorde anterior, estabelecido em 5 de setembro, com 290 milhões de operações. Desde sua criação há cinco anos, o sistema se consolidou como o principal instrumento de transferência de recursos no Brasil. Estimativas do Banco Central indicam que mais de 170 milhões de brasileiros já usaram o Pix, que atualmente possui aproximadamente 890 milhões de chaves cadastradas.
Desde o início de suas operações, em novembro de 2020, o Pix movimentou mais de R$ 85 trilhões, consolidando-se como o meio preferido pelos usuários para transferências e pagamentos rápidos.
Segurança e novidades no sistema
O desempenho recente ocorre em meio a mudanças na segurança do sistema, que passou a contar, no mês passado, com novas regras para ampliar as possibilidades de devolução de recursos a vítimas de golpes, fraudes ou coerção — uma demanda crescente diante do aumento da digitalização dos pagamentos.
Como funciona o mecanismo de devolução em casos de fraude
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é a ferramenta do Banco Central utilizada para rastrear o caminho do dinheiro e possibilitar seu retorno quando uma transação via Pix é contestada por suspeita de golpe ou fraude. Para acionar o procedimento — geralmente pelo “botão de contestação” no aplicativo do banco — o usuário precisa solicitar a análise do banco responsável pela conta que recebeu o valor.
Se houver indícios de fraude, o dinheiro recebido fica bloqueado, e os bancos envolvidos passam a rastrear o trajeto do recurso, compartilhando informações necessárias para recuperar o valor. O processo de análise deve ser concluído em até sete dias. Caso a fraude seja confirmada, o cliente pode receber o valor de volta em até 96 horas, parcial ou integralmente, dependendo do saldo na conta do suspeito.
Se somente parte do valor for identificada, novas ações de bloqueio ou devoluções parciais podem ocorrer ao longo de até 90 dias, enquanto houver saldo suficiente para completar a restituição. O procedimento deve ser solicitado pelo usuário em até 80 dias após a transação contestada.
Perspectivas futuras
Com o aumento do uso do Pix, as autoridades continuam aprimorando a segurança do sistema para garantir agilidade na recuperação de recursos em casos de fraude, fortalecendo a confiança dos usuários na plataforma. Especialistas avaliam que a tendência é de crescimento contínuo nas operações e na implementação de mecanismos que dificultem ações criminosas.
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