A partir de 2026, a Melnick deixará de operar como uma única empresa e passará a atuar como um grupo com quatro unidades especializadas: incorporação, urbanização, consultoria, projetos e a recém-lançada Open Construtora, voltada para o segmento econômico. A mudança visa ampliar a atuação e explorar novas oportunidades no setor.
Transformações e oportunidades no mercado imobiliário
Em entrevista ao GLOBO, o CEO Leandro Melnick, que comandou a Even por seis anos, destacou as mudanças no cenário competitivo, influenciadas por juros altos, uma classe média “achatada” e forte demanda por produtos subsidiados.
Segundo ele, há uma tendência de aumento na valorização do segmento econômico, impulsionada pela ampliação de programas como o Minha Casa, Minha Vida e pelo amadurecimento dos sistemas construtivos. “O segmento econômico tem um ótimo desempenho atualmente, e se mostra extremamente relevante para nossa estratégia”, afirma.
Potencial e concorrência no segmento econômico
O executivo explica que, ao atuar somente em um nicho, a empresa consegue concentrar seus recursos — mas a expansão geográfica e a criação de empresas independentes permitem maior agilidade ao alocar capital conforme o cenário favorece diferentes segmentos.
Embora o mercado de alto padrão continue forte, ele destaca que há riscos de “superoferta” no segmento de luxo, especialmente no médio prazo, mesmo com um ciclo econômico favorável. “O segmento econômico, por ser subsidiado, responde muito bem às condições atuais”, ressalta Melnick.
Inovação e tendências de projetos imobiliários
O CEO reforça uma transformação nos projetos de alto padrão, que passam a incorporar soluções que atendem às demandas do cotidiano, como espaços pet-friendly, áreas de lazer integradas e soluções que transformam o imóvel em uma plataforma de bem-estar. “A arquitetura moderna busca oferecer tranquilidade e funcionalidade, alinhada às novas formas de vida”, explica.
Para o segmento econômico, a estratégia inclui lançar projetos com maior qualidade, maior conforto e recursos aprimorados, como maior número de banheiros e closets, além de áreas de lazer com maior relevância.
Tendências no perfil da nova geração e layout dos imóveis
As novas formas de moradia refletem também nas plantas dos imóveis, que estão menores e com áreas comuns mais amplas, adaptadas às necessidades de jovens e pessoas que priorizam independência e praticidade. “Hoje, os apartamentos menores, com comunidades integradas e espaços de coworking, se tornaram uma realidade”, comenta Melnick.
Há uma mudança também na concepção de luxo: o bem-estar, o tempo livre e a qualidade de vida ganham protagonismo. A arquitetura se volta ao uso de elementos naturais, linhas minimalistas e soluções sustentáveis, afastando os modelos ostentatórios do passado.
Perspectivas futuras e desafios
Com o cenário econômico brasileiro favorável para o segmento de habitação de baixa renda, a empresa aposta na ampliação de projetos subsidiados e na inovação de layouts para atender às novas famílias e às necessidades de um público que valoriza mais a funcionalidade e o bem-estar.
Leandro Melnick conclui que a evolução dos projetos e a diversificação das unidades permitirão à companhia adaptar-se às condições de mercado e aproveitar oportunidades, sobretudo no segmento econômico, que atualmente mostra grande potencial de crescimento.
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