A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, atingindo o menor nível desde 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE na pesquisa Pnad Contínua, e ficaram abaixo da expectativa do mercado, que previa uma taxa de 5,5%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o desemprego era de 6,2%, houve uma redução de 0,7 ponto percentual.
Mercado de trabalho em alta e recordes de emprego
O número de pessoas desempregadas chegou a 5,910 milhões, representando uma queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior e de 11,8% na comparação anual. O total de trabalhadores no país permaneceu estável em 102,5 milhões, um nível recorde, com o índice de ocupação em 58,8%. Além disso, o número de empregados com carteira assinada bateu novo recorde, chegando a 39,182 milhões, segundo o IBGE.
Emprego formal e informalidade
O índice de informalidade manteve-se em 37,8%, ou seja, 38,7 milhões de trabalhadores informais, número equivalente ao do trimestre anterior, apesar de estar abaixo dos 38,9% registrados no mesmo período de 2024, quando havia 40,3 milhões de informais. No setor privado, o número de empregados com carteira assinada permaneceu no recorde de 39,182 milhões, crescendo 2,4% em relação ao ano passado, ou seja, mais 927 mil pessoas. No setor público, o número ficou em 12,9 milhões, estável no trimestre e 2,4% maior na comparação anual, com 298 mil novas vagas.
Redução no número de trabalhadores informais sem carteira
Entre os trabalhadores informais, o número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,6 milhões, estável no trimestre e 3,9% menor do que no ano passado, uma redução de 550 mil pessoas. Por sua vez, o total de trabalhadores por conta própria atingiu 25,9 milhões, mantendo-se estável na comparação trimestral, mas crescendo 3,1% em relação ao ano anterior, o que equivale a mais 771 mil pessoas.
Renda média dos trabalhadores atinge recorde
A massa de rendimento médio real atingiu R$ 357,3 bilhões, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e crescendo 5% frente ao mesmo período de 2024. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores também atingiu um recorde, com estabilidade trimestral e avanço de 3,9% na comparação anual. Setores como Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas apresentaram aumento de 3,9% no rendimento.
Setores com crescimento na ocupação e variações na economia
Embora a população ocupada tenha se mantido estável, setores como Construção (+2,6%) e Administração Pública, Saúde e Educação (+1,3%) registraram crescimento. Por outro lado, o setor de Outros Serviços apresentou queda de 2,8%, com redução de 156 mil pessoas. Na comparação annual, houve alta em Transporte, Armazenagem e Correios (+3,9%) e também em Administração Pública, saúde e educação (+3,8%).
As informações divulgadas pelo IBGE reforçam o cenário de melhora no mercado de trabalho no Brasil, que conseguiu reduzir o desemprego a seu nível mais baixo em mais de uma década, com avanços também na formalização e na renda dos trabalhadores. Para mais detalhes, acesse Fonte.


