Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Correios aprovam empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturação

Empresa busca recuperação financeira com empréstimo garantido pelo Tesouro Nacional, dividido em parcelas até 2026

O Conselho de Administração dos Correios aprovou na sexta-feira (28) a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, visando a reestruturação financeira da estatal. A operação contará com garantia do Tesouro Nacional e aguarda aprovação final da Secretaria do Tesouro, vinculada ao Ministério da Fazenda.

Plano de recuperação e liberação dos recursos

Segundo a empresa, uma parte do montante, de R$ 10 bilhões, deve ser liberada ainda neste ano. O restante, de igual valor, será disponibilizado em 2026, dividido em duas parcelas de R$ 5 bilhões. A iniciativa foi anunciada em outubro deste ano, como parte do esforço para recuperar a saúde financeira da estatal, que enfrenta uma crise prolongada.

Crise financeira e prejuízos acumulados

Até setembro, os Correios acumulam um rombo de R$ 6 bilhões, refletindo sucessivos prejuízos e redução de receita. Emmanoel Rondon, presidente da estatal, destacou que a perda de market share e a menor competitividade têm afetado as operações, inclusive o pagamento de fornecedores.

“Nos últimos anos, a perda de receita vem crescendo, impactando o caixa e dificultando a operação. Além de recompor o caixa, o empréstimo será utilizado para ajustes fiscais e operacionais”, explicou Rondon.

Objetivos do empréstimo e expectativas

O principal objetivo do crédito é promover o reequilíbrio financeiro até 2027, estabelecendo um ciclo de balanço positivo. Segundo o presidente, a expectativa é que a empresa comece a alcançar lucros em 2027, após implementar medidas de ajuste.

Condições financeiras e taxas de juros

De acordo com apurações da TV Globo, a taxa de juros do empréstimo deve ser superior a 120% do CDI, o que é considerado elevado por membros do governo, especialmente para operações garantidas pelo Tesouro. A empresa ainda não confirmou detalhes específicos da operação, informando que as condições estão sendo negociadas.

“As condições financeiras ainda estão sendo tratadas junto às instituições envolvidas e não podem ser detalhadas no momento”, afirma a nota oficial dos Correios.

Próximos passos

A expectativa é de que a liberação do dinheiro aconteça em duas etapas, sendo a primeira ainda neste ano e a segunda em 2026, permitindo que a companhia implemente suas ações de reestruturação de forma gradual.

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