A Airbus iniciou uma operação de urgência para atualizar o software de cerca de 6.000 jatos da frota A320, após identificar uma falha de segurança relacionada à interferência de radiação solar intensa. Embora a maioria das aeronaves já tenha recebido a correção, aproximadamente 100 aviões permanecem em solo para manutenção adicional.
Origem da falha e incidente que a revelou
A falha foi descoberta após um incidente com a companhia americana JetBlue em outubro, durante voo de Cancún para Newark. O avião iniciou uma descida brusca sem a intervenção dos pilotos, resultando em ferimentos e um pouso de emergência em Tampa, na Flórida. Segundo investigações da Airbus, o problema esteve ligado ao sistema ELAC (Elevator and Aileron Computer), responsável por gerenciar autopilotos e estabilidade do voo.
Impacto da radiação solar nos sistemas eletrônicos
Conforme apurou a fabricante, a interferência ocorreu devido à emissão de partículas de alta energia pelo Sol — como prótons e elétrons — que atingiram componentes eletrônicos sensíveis em altitude. Essas partículas podem alterar o estado lógico dos microchips, levando a erros que comprometeram o controle do avião.
Recomendações e medidas corretivas
Em resposta, a Airbus recomendou a paralisação imediata de toda a frota afetada para substituição do programa vulnerável. A medida ocorre em um momento de alta demanda global, já que o A320 é o avião comercial mais vendido do mundo.
Desdobramentos e impacto operacional
Na América Latina, companhias como Avianca tiveram mais de 70% de sua frota afetada, suspendendo vendas de passagens até 8 de dezembro. Outros países, como México, também registraram atrasos com a Volaris e Viva Aerobús. Já na Europa e nos Estados Unidos, empresas como Lufthansa, EasyJet, United e American Airlines gerenciaram a crise com impacto limitado, mesmo com o feriado de Ação de Graças.
Reações oficiais e mensagem da Airbus
O ministro francês dos Transportes, Philippe Tabarot, afirmou que o cenário de até mil aviões parados por longo período foi drasticamente reduzido. Em comunicado, o CEO da Airbus, Guillaume Faury, pediu desculpas às companhias aéreas e passageiros, reforçando que a segurança permanece prioridade máxima.
Perspectivas futuras e próximos passos
Segundo a fabricante, os aviões remanescentes passarão por inspeções e atualizações adicionais. A operação reforça a importância da manutenção preventiva e do monitoramento contínuo de componentes eletrônicos expostos a radiações em altitudes elevadas.
Para mais detalhes sobre a falha e as ações tomadas, acesse a matéria completa no Link oficial.

