Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Polícia Federal investiga fabricação clandestina de Mounjaro

A ação apreendeu itens de luxo e tem como alvo um médico influente nas redes sociais.

No dia 27 de outubro, a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação de grande escala para desmantelar uma quadrilha que fabricava ilegalmente o medicamento Mounjaro, conhecido por suas propriedades para emagrecimento. A operação, denominada “Operação Slim”, resultou na apreensão de bens de alto valor, como carros de luxo, relógios caros e até mesmo um avião, que, segundo as autoridades, estava registrado em nome de um laranja.

Objetivo da Operação Slim

A operação tinha como meta cumprir 24 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo São Paulo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Os investigadores afirmam que o grupo estava liderado pelo médico e escritor Gabriel Almeida, um profissional bastante influente, com cerca de 750 mil seguidores nas redes sociais.

Almeida, que tem seu consultório localizado em uma luxuosa mansão nos Jardins, em São Paulo, é acusado de manipular ilegalmente o princípio ativo do Mounjaro (Tirzepatida) sem a devida autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de não respeitar os direitos de patente do medicamento. A PF declara que ele promovia e vendia o produto nas redes sociais como se a prática fosse legal.

Dura investigação e suas consequências

A investigação, que se estendeu por quase um ano, foi iniciada a partir de uma denúncia feita pela empresa que detém a patente do medicamento. A ação da PF expõe um sério problema no setor de saúde em que profissionais, muitas vezes com reputações sólidas, podem estar se envolvendo em práticas ilícitas que colocam em risco a saúde da população.

A investigação revela que o Mounjaro, um medicamento amplamente propagado como eficaz para a perda de peso, estava sendo fabricado e distribuído sem os cuidados essenciais de controle de qualidade e segurança que uma substância desse tipo exige. A venda de medicamentos não regulamentados não apenas infringe a lei, mas também pode causar danos graves à saúde dos usuários.

Impacto nas redes sociais e na comunidade médica

O médico Gabriel Almeida, além de suas atividades profissionais, tem uma forte presença nas redes sociais, onde promove seus serviços e produtos. A interação com seus seguidores abre espaço para debate sobre a ética profissional e a responsabilidade, não apenas dos profissionais de saúde, mas também das plataformas digitais que permitem a divulgação de produtos e serviços sem regulamentação clara.

A preocupação das autoridades é que, em um universo cada vez mais digital, a propagação de informações erradas e a venda de medicamentos sem controle adequado podem levar a consequências desastrosas. O impacto da operação da PF não se limita a Almeida, mas envolve qualquer profissional de saúde que use a popularidade nas redes sociais para promover substâncias não autorizadas.

A visão da população e próximos passos

Os desdobramentos dessa operação são aguardados com expectativa pela sociedade. Há uma crescente demanda por maior fiscalização e controle de substâncias no mercado. A população espera que as autoridades atuem para garantir a segurança de medicamentos e tratamentos disponíveis, além de exigir responsabilidade dos profissionais de saúde. A percepção da comunidade em relação à saúde e à ética profissional é fundamental na luta contra a venda de produtos ilegais e potencialmente prejudiciais.

A Polícia Federal continua a investigar o caso e busca identificar todos os envolvidos na operação clandestina. Os especialistas sugerem que a transparência e a regulamentação são essenciais para criar um ambiente mais seguro para os pacientes e consumidores.

O g1 está tentando contatar a defesa do médico Gabriel Almeida, mas ainda não obteve resposta. A expectativa é que o caso avance nas próximas semanas, trazendo à tona mais informações sobre a operação e suas implicações para o setor de saúde.

Eventos como esse sublinham a importância da regulamentação eficiente, da ética no exercício da medicina e a necessidade de os pacientes serem informados sobre os riscos associados ao uso de medicamentos não testados ou ilegais.

Para mais detalhes sobre essa operação e seus desdobramentos, acesse a [reportagem completa](https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/27/operacao-da-pf-contra-clinicas-que-fabricavam-falso-medicamento-para-emagrecimento-apreende-carros-de-luxo-relogios-e-ate-aviao.ghtml).

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