Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Deputado Alexandre Ramagem é flagrado em Miami após decisão do STF

Advogado de Ramagem não foi comunicado da saída do deputado, que está sob risco de prisão preventiva após medidas cautelares.

No cenário político brasileiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) se tornou o centro das atenções após ser flagrado com a esposa em Miami, nos Estados Unidos, mesmo estando sob medidas cautelares que o impedem de deixar o país. O advogado do parlamentar, Paulo Cintra, afirmou que não teve comunicação sobre a saída de seu cliente do Brasil, o que leva a questionamentos sobre a legalidade dessa viagem em meio à situação judicial em que se encontra.

Incertezas sobre a saída do deputado

Na última sexta-feira (21/11), Cintra comentou à reportagem do Metrópoles que “como a decisão do deputado de se ausentar do país só foi comunicada à defesa técnica nesta semana, seu advogado não se manifestará, por ora, sobre o fato e seus desdobramentos”. Isso levanta uma série de questionamentos sobre a comunicação entre Ramagem e sua assessoria jurídica, especialmente em um momento tão delicado.

A Polícia Federal (PF) está investigando as circunstâncias que levaram à saída do deputado do Brasil. De acordo com informações levantadas, sabe-se que Ramagem não está no país desde setembro, tendo se deslocado até Boa Vista (RR), e a PF procura esclarecer se ele deixou o Brasil pela Venezuela ou pela Guiana Francesa, ambas fronteiriças com Roraima, antes de seguir para os Estados Unidos.

Congresso sob pressão

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), também declarou estar alheio à viagem de Ramagem ao exterior. Ele mencionou que tentará conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em busca de suporte para reverter a ordem de prisão contra Ramagem. A expectativa é de que haja um movimento unificado entre os deputados para sustentar o parlamentar, cuja situação se tornou um tema de grande repercussão dentro e fora do Congresso.

“Ele tem mandato, e vamos esperar que a Câmara delibere sobre isso. Vamos fazer campanha contra [a prisão]. O presidente [Motta] já se mostrou ajudador quando da votação que suspendeu o processo, e nossa votação foi expressiva. Não tenho certeza se conseguiremos repetir esse resultado”, afirmou Sóstenes.

A defesa de Ramagem e o contexto da prisão

Sóstenes mencionou ainda a campanha do PL que visava suspender a ação penal contra Ramagem, relacionada aos eventos do 8 de janeiro. Essa medida foi aprovada na Câmara com expressiva votação de 315 a 143 com 4 abstenções, demonstrando o apoio considerável que Ramagem recebe na casa. Essa situação é interpretada como uma reação da oposição e do Centrão (um grupo de partidos independentes) a um que consideram uma ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a autonomia da Câmara.

Ramagem mantém uma proximidade notável com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tendo servido como diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo anterior. Recentemente, o parlamentar foi condenado por sua envolvimento em um processo que apura uma tentativa de golpe de Estado, sendo identificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte do que denominaram como “núcleo crucial” da trama, destinado a oferecer suporte técnico à organização.

À medida que a situação se desenrola, é evidente que o futuro de Ramagem está pleno de incertezas, e as reações políticas em torno de sua possível prisão preventiva se intensificam. O desdobramento dessa narrativa poderá impactar não apenas a carreira de Ramagem, mas também o cenário político mais amplo no Brasil.

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