Na reta final da temporada, o Vasco da Gama iniciou um processo de troca do gramado de seu estádio, São Januário, que vinha recebendo críticas devido a manchas visíveis, resultado de uma mutação. Até o final do ano, o clube planeja realizar até três partidas na Colina Histórica, caso avance na Copa do Brasil. Com reformas programadas para o estádio no próximo ano, surge a dúvida: o que acontecerá com a nova grama?
Possibilidade de reaproveitamento do gramado
Consultados sobre a situação, representantes da Itograss, fornecedora do novo gramado, afirmaram que há viabilidade para o reaproveitamento da grama em outras áreas do clube. Rodrigo Santos, coordenador do Centro de Gramados Esportivos e Inovação da Itograss, explicou que é uma prática comum e completamente viável. “Eles podem, depois, fazer a retirada da grama do estádio e reaplicá-la em um centro de treinamento ou algo parecido. Não há nenhuma restrição quanto a isso. Alguns clubes já fizeram operações similares e com São Januário não seria diferente. A decisão é do Vasco avaliar se, economicamente, vale a pena”, afirmou Santos.
A nova grama, a Celebration, substituirá a Tifway 419, atualmente em uso, e será a mesma que está presente no Centro de Treinamento Moacyr Barbosa. O processo de troca do gramado em São Januário conta com tecnologia avançada, similar à utilizada na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, que passou por substituição recentemente. O planejamento é que o gramado esteja em plenas condições para a partida contra o Internacional, marcada para o dia 28 de novembro, garantindo a qualidade do jogo com mínimas chances de irregularidades na quicada da bola.
Tecnologia de ponta para o novo gramado
Rodrigo Santos também destacou que a tecnologia utilizada garantirá as melhores condições para os jogadores. “Os rolos de grama começaram a ser colhidos na quinta-feira e deverão levar três dias para serem finalizados. Cada rolo terá dimensões de 1×20 metros. Todos os equipamentos mais modernos que a Itograss possui estarão disponíveis na obra, assegurando que a grama tenha condições apropriadas, tudo sob a supervisão da Greenleaf e do Vasco”, comentou.
O Vasco ainda mantém um calendário apertado antes da reforma do estádio. Além da partida contra o Internacional, o clube se despede de São Januário no Campeonato Brasileiro em jogo contra o Mirassol, programado para o início de dezembro, sem data definida. Em seguida, enfrentará o Fluminense nas semifinais da Copa do Brasil, com ambas as partidas ocorrendo no Maracanã. O vencedor desse duelo decidirá o torneio em casa.
Futuro do estádio e o impacto na temporada 2026
Embora não haja uma data exata para o início das reformas, que dependem das negociações com a SOD Capital, empresa que demonstrou interesse na aquisição do potencial construtivo do estádio, o Vasco já se prepara para um 2026 sem a Colina Histórica. O clube firmou um acordo com o Botafogo para atuar no Estádio Nilton Santos durante o período das obras. Essa mudança traz inquietações entre os torcedores, que se apegam à tradição e à história do icônico estádio.
A movimentação em São Januário marca uma fase importante para o clube, que busca inovação, eficiência e manutenção da qualidade nas condições de jogo para seus atletas. O reaproveitamento da grama representa uma alternativa sustentável e econômica, refletindo também a preocupação do Vasco em otimizar recursos com responsabilidade e inovação.
Em um momento de transição, os torcedores permanecem ansiosos por novidades sobre o futuro da Colina, um dos símbolos do futebol brasileiro, e torcem para que as mudanças tragam bons frutos para o Vasco nos desafios vindouros.

