Um vídeo divulgado nas redes sociais e exibido pela TV estatal chinesa reacendeu preocupações sobre o desenvolvimento de tecnologia militar na China. As imagens mostram cães-robôs armados com fuzis automáticos, avançando por um campo de treinamento sob comando remoto, enquanto soldados do Exército de Libertação Popular (ELP) coordenam a ação. Segundo Pequim, esses equipamentos fazem parte de uma estratégia de modernização focada em operações anfíbias, especialmente para possíveis ataques à ilha de Taiwan.
Robôs cães em ação durante os treinamentos chineses
De acordo com o vídeo, os robôs cães são capazes de atravessar obstáculos como arame farpado e percorrer até 200 metros em cerca de 30 segundos. Eles possuem um alcance de até 2 km a partir dos centros de controle, autonomia de mais de duas horas de combate e capacidade de carregar até 20 quilos. Durante os exercícios, aparecem avançando sob cobertura de drones e artilharia, formando a primeira linha de ataque em uma operação simulada.
Estrutura e capacidades dos robôs
Os robôs fazem parte de uma “matilha” de máquinas metálicas movidas por inteligência artificial, que inclui unidades de reconhecimento, dois armados com fuzis automáticos e uma responsável pelo transporte de munição e suprimentos médicos. A formação, segundo a mídia estatal, é destinada a substituir o risco humano em operações de alto custo, especialmente em missões de reconhecimento e ataque.
Limitações e fatores políticos
Especialistas militares ouvidos por veículos internacionais destacam que, apesar do impacto visual, esses robôs possuem limitações significativas. Eles dependem de forte apoio humano, possuem defesas precárias e ainda não podem atuar de forma autônoma em conflitos reais, o que reduz seu impacto em guerra convencional. Analistas também acreditam que a divulgação serve como ferramenta política, reforçando a narrativa de avanço do país sob o comando do presidente Xi Jinping.
Contexto estratégico e avanços navais
Este treinamento sucede a cerimônia de colocação em operação do porta-aviões Fujian, o mais avançado da China, realizado na ilha de Hainan com a presença de Xi Jinping. Com 305 metros de comprimento e 80 mil toneladas, o navio consolida a posição da China como a segunda maior força naval do mundo, ampliando a disputa por supremacia marítima com os Estados Unidos.
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