A Justiça de Portugal condenou a 21 anos de prisão um dos acusados pelo assassinato do brasileiro Alisson Rodrigues, de 35 anos, ocorrido em junho de 2023 na cidade de Grândola. Uma cúmplice foi sentenciada a oito anos, enquanto um dos envolvidos foi absolvido. O julgamento, iniciado na primeira semana de outubro em Setúbal, foi concluído na última quinta-feira, dia 7 de novembro, e reforça o combate à violência e ao crime no país.
Detalhes do julgamento e sentença de Portugal
Alisson Rodrigues, ex-paraquedista de Fortaleza criado no Rio de Janeiro, foi morto dentro de sua residência após criminosos entrarem armados na casa do casal procurando outra pessoa. Recentemente, a sentença revelou que um dos acusados recebeu a pena máxima de 25 anos em Portugal, de acordo com a advogada de Mayla Pertel, esposa de Alisson. “Tenho o sentimento de dever cumprido, estou aliviada e com a alma lavada”, afirmou Mayla ao Portugal Giro.
Motivação e circunstâncias do crime
Os criminosos atiraram três vezes na residência do casal, enquanto Alisson tentava proteger Mayla, que foi atingida por golpes de barra de ferro. Mayla, que estava grávida na época, foi poupada da pena de morte devido à sua gestação, com o julgamento destacando a complexidade emocional do caso. A filha do casal, Maria Alice, nasceu em novembro de 2023, poucos meses após o ocorrido, e Mayla permanece em Portugal, apesar de ainda precisar resolver questões pessoais.
Implicações e controvérsias
Durante o julgamento, testemunhas receberam ameaças de morte, incluindo uma pessoa com deficiência visual que participava da festa onde surgiu a discussão que motivou o crime. Segundo a advogada Alessandra Fantoni, várias etapas do processo ainda merecem atenção, especialmente após a fuga dos acusados para outros países, sendo posteriormente presos em operações policiais distintas. A possibilidade de absolvição de dois dos envolvidos foi descartada, embora um deles tenha sido liberado por ter indicado incorretamente o local do crime.
Contexto político e social em Portugal
O julgamento e a condenação ocorrem em um momento de intensificação de debates sobre segurança e imigração em Portugal. Recentemente, o país aprovou medidas de endurecimento na cidadania que prejudicam milhares de brasileiros, aumentando a preocupação com a vulnerabilidade de imigrantes diante da legislação de Segurança Pública e Justiça. Segundo a advogada, a expectativa é que a pena de 21 anos represente um avanço na responsabilização dos envolvidos, cujo crime gerou comoção tanto no Brasil quanto em Portugal.
Perspectivas futuras
Mayla afirmou que pretende permanecer em Portugal para seguir com sua vida, apesar do trauma. “Tenho coisas a resolver ainda”, declarou, mostrando a força da mulher, que enfrenta o luto e as dificuldades do processo judicial. A sentença reforça o compromisso da justiça portuguesa em punir criminosos e combater a violência no país, especialmente em crimes envolvendo brasileiros.
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