Brasil, 14 de novembro de 2025
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Megyn Kelly gera revolta ao minimizar crimes de Jeffrey Epstein

Ex-âncora da Fox News enfrenta críticas após comentários que minimizam sexualidade de Epstein e fazem distinção entre vítimas

Megan Kelly, que uma vez apoiou Donald Trump ao chamá-lo de “protetor das mulheres”, está sob fogo após comentários polêmicos sobre Jeffrey Epstein e suas vítimas, em entrevista ao podcast The Megyn Kelly Show. Kelly questionou a definição de pedofilia relacionada ao caso do condenado por abuso sexual infantil, gerando ampla repercussão negativa nas redes sociais.

Controvérsia sobre a idade das vítimas de Epstein

Durante a entrevista, Kelly citou uma fonte “muito próxima do caso” que lhe afirmou que Epstein não era um pedófilo, mas alguém interessado em jovens “quase legais”, como meninas de 15 anos. “Ele gostava de meninas de 15 anos, que poderiam parecer menores, mas que passariam por adultas para um observador comum”, afirmou a ex-âncora, que reconheceu a natureza “disgusting” de suas declarações.

Ela declarou ainda que acreditava nisso há anos, mas que só mudou de opinião após informações de vazamentos de vídeos com supostos materiais de abuso infantil, divulgados pela Câmara dos Deputados. “Só um pedófilo consegue se excitar com vídeos de crianças”, afirmou Kelly, embora tenha admitido que nunca teve confirmação definitiva sobre a idade exata das vítimas e que não confia totalmente na ex-procuradora Pam Bondi, que participou da investigação.

Distinções entre vítimas: adolescente versus criança

A apresentadora tentou fazer uma distinção entre vítimas de 15 anos e crianças menores de 10, destacando que “há uma diferença entre um menino de 15 anos e uma criança de 5 anos”. “Pode parecer uma distinção sem diferença, mas acho que há uma diferença”, declarou ela, provocando reações negativas e críticas nas redes sociais.

Usuários reagiram rapidamente à sua fala, apontando a inadequação ao tentar classificar níveis de violação. “Obrigado, Megyn, mas 15 anos NÃO é ‘quase legal’. Criança é criança, independentemente da idade”, escreveu um internauta. Outra pessoa comentou: “Usar a palavra ‘real’ para diferenciar os abusos é extremamente perturbador. Quando é criança, é abuso, ponto final.”

Repercussão e críticas ao discurso

A fala de Kelly viralizou rapidamente na plataforma X (antigo Twitter), gerando dezenas de comentários de repúdio. Críticos destacaram que a tentativa de hierarquizar o abuso infantil evidencia uma postura chocante, enquanto outros compararam o debate atual ao que acontece em outras áreas políticas.

Alguns internautas assinalaram a contradição evidente no momento político, observando que, enquanto o mundo discute melhorias em saúde e alimentação, certos debates focam em “como estabelecer limites para pedofilia”.

Próximos passos e reações públicas

O episódio reforça o impacto das declarações de figuras públicas na polarização do debate sobre crimes sexuais. Críticos afirmam que comentários assim podem minimizar a gravidade do abuso infantil e reforçar uma visão distorcida do que constitui pedofilia.

Até o momento, Kelly não apresentou uma retratação pública formal, mas a controvérsia evidencia a necessidade de um debate mais responsável e sensível sobre esse tema doloroso e relevante para a sociedade brasileira e mundial.

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