Nesta semana, Megyn Kelly, conhecida por seu histórico de apoio a Donald Trump, voltou às manchetes ao fazer comentários controversos sobre Jeffrey Epstein e as vítimas de seus crimes sexuais. Em uma entrevista ao podcast de Batya Ungar-Sargon, Kelly questionou a classificação de Epstein como pedófilo e tentou minimizar a gravidade dos abusos, o que provocou uma forte reação nas redes sociais.
Questionamentos sobre a postura de Megyn Kelly acerca de Epstein e suas vítimas
Durante a entrevista, Kelly citou uma fonte que, segundo ela, teria conhecimento sobre o caso e afirmou que Epstein preferia meninas “quase legais”, como adolescentes de 15 anos, mas não crianças menores de idade. “Ele gostava de um tipo que pudesse passar por mais jovens, que pareciam menores, mas ainda assim legais para alguém de fora”, ela declarou. Kelly reconheceu que essa afirmação é “disgustosa”, mas tentou justificar seu posicionamento ao dizer que não acreditava que Epstein fosse um pedófilo, apenas alguém com preferências na faixa de adolescentes.
Ela também relembrou uma informação de Pam Bondi, ex-procuradora geral da Flórida, apontando que há vídeos de material de abuso infantil nas investigações contra Epstein, o que a levou a repensar sua opinião e a concluir que Epstein poderia ser, sim, um pedófilo. “Apenas um pedófilo se satisfaz com vídeos de abuso de crianças pequenas”, afirmou, embora tenha admitido não confiar totalmente nas fontes oficiais.
Reação pública: críticas à definição de Kelly sobre abuso e idade das vítimas
As declarações de Megyn Kelly viralizaram rapidamente na plataforma X (antigo Twitter), provocando indignação por parte de usuários e especialistas em direitos das crianças. Muitos questionaram suas descrições sobre as idades e a tentativa de distinguir entre vítimas de 15 anos e menores de 10 anos, considerando que qualquer abuso contra menores é inaceitável e injustificável.
“15 anos NÃO é ‘quase legal’. Criança é criança, e nenhum abuso é aceitável, independentemente da idade”, comentou um usuário. Outros criticaram o uso do termo “vídeos de abuso infantil”, alegando que qualquer exploração sexual de menores deve ser tratada com máxima severidade, sem distinções.
Conflitos ideológicos e o clima de polarização
Algumas opiniões nas redes sociais fizeram comparações entre os debates atuais: enquanto o debate sobre saúde e alimentação permanece em pauta em tempos de recessão, setores conservadores parecem focados em discutir qual o limite plausível para criminalizar atos de pedofilia. “É difícil não perceber qual lado parece mais perigoso”, comentou um internauta.
O impacto das declarações de Megyn Kelly na opinião pública
Analistas destacam que comentários como os de Kelly reforçam a polarização e contribuem para a banalização de temas extremamente sensíveis, como o abuso infantil. A posição de figuras públicas, especialmente de quem já teve destaque na mídia, tem forte influência na percepção social e precisa ser acompanhada de responsabilidade e clareza.
Até o momento, Kelly não fez novas declarações públicas sobre o episódio, mas a repercussão mostra que o tema continuará sendo um ponto de discussão acalorada nas próximas semanas.



