O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), chamou a atenção nas redes sociais ao aparecer segurando um taco de beisebol em um vídeo onde criticava um decreto presidencial que, segundo ele, poderia beneficiar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A postura do governador revela a tensão política que envolve a questão agrária no Brasil e a polarização entre grupos sociais opostos.
O decreto e suas implicações
O decreto 12.710/2025, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), institui o Plano Nacional de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos. O objetivo é aumentar a proteção aos defensores dos direitos humanos no país, que muitas vezes enfrentam riscos em sua luta por justiça e igualdade. No entanto, para críticos do governo, esse decreto pode abrir espaço para o reconhecimento de integrantes do MST como defensores dos direitos, o que gerou um clima de alerta entre os opositores.
Reação do governador e repercussão
No vídeo em questão, Jorginho Mello manifesta sua indignação ao segurar o taco de beisebol, simbolizando, segundo ele, uma defesa da propriedade privada e uma resistência à expansão do que considera ações ameaçadoras do MST. “Esse decreto é uma afronta à segurança do campo e à liberdade dos produtores rurais”, afirmou Mello. Sua declaração rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando tanto apoio de seus seguidores quanto críticas de opositores.
A polarização brasileira
A questão do MST e a reação de Jorginho Mello ilustram a crescente polarização política no Brasil. O tema da reforma agrária e dos direitos dos trabalhadores rurais é um assunto delicado e suscita debates acalorados. Enquanto alguns enxergam o MST como uma organização que luta pelos direitos dos trabalhadores e pela reforma agrária, outros o vêem como uma ameaça à propriedade privada e à ordem no campo. Essa divisão se reflete nas reações ao decreto de Lula e nas manifestações de líderes políticos como Mello.
A resposta do MST e analistas
Após as polêmicas geradas pelo vídeo de Mello, integrantes do MST emitiram uma nota em defesa do decreto, afirmando que a proteção aos defensores dos direitos humanos é essencial para garantir a paz social e a luta pelos direitos agrários. Analistas políticos destacam que o uso de símbolos como o taco de beisebol pode ter um efeito mobilizador, mas também corre o risco de intensificar as divisões já existentes na sociedade brasileira.
Considerações finais
O debate levantado pela postura do governador de Santa Catarina e pelo decreto de Lula coloca em evidência a complexidade das relações de poder no Brasil. A carga simbólica do taco de beisebol representa não apenas uma crítica ao governo, mas também uma clara defesa do agronegócio e da propriedade privada, temas que continuam a ser polêmicos e divisivos entre os diferentes setores da sociedade. Ao que parece, a situação tende a se agravar, levando a novos conflitos e discussões sobre o papel do MST e a proteção dos direitos humanos no campo.
Assim, as próximas semanas serão cruciais para observar como esse cenário se desenrolará e quais as possíveis repercussões políticas das ações do governador em meio a um contexto de tensão e insatisfação entre diferentes grupos sociais e políticos.


