Durante a COP30 em Belém, Gavin Newsom advertiu empresas americanas sobre o risco de mudanças no cenário regulatório de clima, com possível retorno de regras mais rígidas nos EUA.
Perigo de uma mudança na política climática dos EUA
Ao afirmar que a postura atual do governo americano pode não durar para sempre, Newsom alertou que a expectativa de regulações brandas pode ser uma ilusão. “O que marca os Estados Unidos hoje é a incerteza total”, disse o governador na conferência em São Paulo. Segundo ele, empresas que pensam em investimentos de longo prazo devem estar atentas às possíveis mudanças futuras.
Risco para empresas e investimentos de longo prazo
Newsom reforçou que a trajetória regulatória dos EUA é incerta, dificultando a tomada de decisão por investidores internacionais. “Regulação gera certeza”, afirmou. “Hoje, há uma espécie de loucura na política climática americana, que pode se inverter a qualquer momento”, completou, sinalizando um possível retorno a regras ambientais mais fortes.
Presença de empresas internacionais na discussão climática
Apesar do foco na política americana, a presença de executivos de gigantes globais como Google, Mastercard, Microsoft, além de entidades do setor de petróleo e alimentício, mostra que as companhias continuam engajadas na agenda de sustentabilidade. “Não é verdade que empresas brasileiras ou estrangeiras tenham desistido do tema”, destacou uma fonte durante evento em São Paulo. Muitos, porém, ajustam suas estratégias para navegar no cenário político atual, como reduzir investimentos em energias renováveis ou flexibilizar ações voltadas à descarbonização.
Risco de retrocesso regulatório e suas consequências
Segundo analistas ouvidos na COP30, uma eventual reversão de políticas ambientais favoráveis nos EUA pode impactar significativamente o mercado global de energia e tecnologia limpa. Empresas com planos de expansão com prazos superiores a cinco anos podem sentir os efeitos de um aumento na incerteza regulatória.
Perspectivas futuras e o papel das políticas locais
Durante sua participação na conferência, Newsom destacou o papel dos governos estaduais e locais na mitigação das mudanças climáticas frente à ausência de lideranças federais. “Os governos locais podem ser o motor de avanço na luta climática nos EUA”, afirmou. Para ele, uma política mais firme por parte dos estados pode compensar a falta de liderança federal, mas ressalta que o cenário geral ainda é imprevisível.
Especialistas avaliam que a postura de Newsom reflete uma tentativa de manter a agenda ambiental ativa em um momento de grande instabilidade política nos EUA, ao mesmo tempo em que alerta empresas internacionais para os riscos de um futuro regulatório incerto.


