Brasil, 14 de novembro de 2025
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França denuncia seis plataformas por vendas ilegais e conteúdo ilícito

O governo francês notificou plataformas como AliExpress, Wish e eBay por venderem produtos ilegais e conteúdo prejudicial a menores

O governo da França anunciou nesta sexta-feira (14) a denúncia de seis plataformas de comércio eletrônico, incluindo AliExpress, Wish, Joom, eBay, Temu e Amazon, por venda de produtos ilegais e falhas no filtro de conteúdo impróprio para menores. A ação faz parte de uma investigação para combater práticas ilícitas no setor digital.

Descobertas da unidade antifraude francesa

A autoridade francesa de combate à fraude, DGCCRF, revelou que encontrou produtos como armas de categoria A, como socos-ingleses e facões, à venda nessas plataformas. Além disso, foram identificados conteúdos preocupantes, como bonecas pedopornográficas, vendidas no AliExpress e Joom, segundo o ministro Serge Papin, ao jornal Le Parisien.

Violação de obrigações de filtro de conteúdo

O ministro destacou que Wish, Temu e Amazon também não cumpriam suas obrigações de filtrar imagens de conteúdo pornográfico, permitindo que menores tivessem acesso a esses materiais. “Estas plataformas não protegiam os usuários menores de idade, o que é um grave problema”, afirmou Serge Papin.

Ações e próximas etapas

Serge Papin afirmou que o governo notificou o procurador da República sobre todas as plataformas com conteúdo ilícito e solicitou a suspensão da Shein perante a justiça. “Qualquer plataforma que comercialize artigos ilícitos receberá o mesmo tratamento”, advertiu o ministro.

Na semana passada, o governo francês anunciou que havia encontrado produtos ilícitos também na AliExpress e na Wish, incluindo bonecas sexuais com traços infantis e armas, e prometeu abrir novos processos contra essas plataformas.

Shein e o futuro na França

A Shein, que já havia sido alvo de investigações por vender bonecas sexuais com aparência infantil, retirou esses produtos de seu site. A empresa evitou a suspensão na França, mas os processos continuam em andamento, e a plataforma deve comparecer à Assembleia Nacional na próxima terça-feira (18) para explicar seu controle de produtos importados.

Impactos no mercado e estratégias de adaptação

A Shein abriu sua primeira loja física em Paris em novembro do ano passado, nos grandes armazéns BHV, e planejava expandir sua presença no país. Contudo, essa abertura foi adiada por recomendações de ajuste na oferta e na política de preços, apontou Frédéric Merlin, chefe da loja.

O governo francês promete endurecer o combate às práticas ilegais no comércio online, reforçando a fiscalização e estimulando ações judiciais contra plataformas que não cumprirem as normas de proteção ao consumidor e à infância. A expectativa é que as medidas levem a uma maior segurança no mercado digital francês.

Para saber mais detalhes sobre as investigações e medidas tomadas pelo governo, acesse o nota oficial.

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