Brasil, 14 de novembro de 2025
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Embraer transforma o A-29 Super Tucano em caçador de drones na defesa

A Embraer anuncia a adaptação do Super Tucano para atuar na neutralização de drones, atendendo às demandas atuais de segurança internacional

Após duas décadas dominando o segmento de aviões de ataque leve, a Embraer revelou nesta semana uma nova função para o A-29 Super Tucano: atuar como caçador de drones. A inovação foi apresentada na Dubai Air Show, nos Emirados Árabes Unidos, e responde ao aumento da preocupação de países europeus com o avanço das tensões militares, especialmente em relação à Rússia.

Super Tucano como caçador de drones na atualidade

Segundo a fabricante brasileira, o Super Tucano foi equipado com tecnologias capazes de detectar e neutralizar aeronaves não tripuladas de forma eficiente e com baixo custo operacional. Essa mudança visa oferecer uma alternativa mais econômica e eficaz às interceptações de drones por caças de última geração, cuja despesa costuma ser elevada.

Vantagens frente aos caças tradicionais

O argumento da Embraer é que interceptar drones com caças avançados, como o F-35, é caro e pouco eficiente. Recentemente, na Polônia, um F-35 holandês utilizou um míssil AIM-9X, avaliado em US$ 500 mil, para destruir um drone avaliado em aproximadamente US$ 10 mil. Em contrapartida, o custo operacional do Super Tucano, que voa cerca de US$ 1.500 por hora — menos de 0,1% do valor do míssil —, faz do turboélice uma alternativa mais econômica.

Além disso, o Super Tucano já vem equipado com metralhadoras calibre .50 e agora pode usar foguetes guiados a laser, como o APKWS-2 da BAE Systems, que custa pouco mais de US$ 20 mil por unidade. Essa combinação torna a aeronave uma opção mais acessível para países que desejam reforçar suas defesa antimísseis de forma eficiente.

Tecnologia embarcada e atuação eficiente

Para contornar limitações técnicas, como maior tempo de chegada ao combate, a Embraer integrou ao Super Tucano sensores ópticos e infravermelhos de última geração, além de compatibilidade com o sistema de criptografia Link 16 da Otan. Essa tecnologia é obrigatória em contratos com países aliados, como Portugal, e permite uma atuação coordenada e segura contra drones hostis.

Implicações no cenário internacional

O movimento reflete uma estratégia global de busca por soluções acessíveis de defesa aérea, especialmente em um cenário de guerra na Ucrânia e exercícios da Otan no Leste Europeu, onde drones amplia seu protagonismo na guerra moderna.

Participação da Embraer no mercado de defesa

Com mais de 290 unidades vendidas para 22 forças aéreas e uma participação de cerca de 60% no mercado de aviões de ataque leve, o Super Tucano se consolidou, ao lado do cargueiro KC-390, como um dos principais produtos da divisão de defesa da Embraer. A adaptação para atuar contra drones deve ampliar suas vendas, especialmente no mercado europeu, onde há uma forte demanda por soluções de defesa acessíveis e eficientes.

Apesar das vantagens econômicas, o Super Tucano apresenta limitações técnicas, como maior tempo para chegar ao alvo devido ao seu motor turboélice. Para superar essas restrições, a Embraer equipou a aeronave com sensores avançados e compatibilidade com sistemas de ataque integrados à infraestrutura da Otan, ampliando sua efetividade em operações com alta saturação de drones.

Segundo análise da Embraer, essa inovação faz parte de um esforço mundial por soluções de defesa mais acessíveis, permitindo a países com orçamentos menores ou em situações de conflito fortalecer sua proteção aérea sem a necessidade de adquirir caças de alta tecnologia, custosos e complexos de operar.

Para mais detalhes, consulte a matéria completa na Fonte.

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