Brasil, 14 de novembro de 2025
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Embraer mira expansão na China e nos EUA em busca de novas oportunidades

Fabricante brasileira busca reduzir tarifas nos EUA e ampliar negócios na China com foco em mercados emergentes

A Embraer está intensificando esforços para ampliar sua presença global, buscando reduzir tarifas de importação nos Estados Unidos e explorar oportunidades no mercado chinês, que apresenta crescimento acelerado na aviação.

Foco na China e crescimento do mercado chinês de aviação

Durante um seminário na cidade chinesa de Huizhou, a Embraer divulgou um relatório que revela o potencial de crescimento da aviação na China, onde o volume de passageiros já ultrapassou os 780 milhões neste ano — um aumento em relação aos níveis pré-pandemia — e pode atingir 1,5 bilhão até 2035. Segundo o documento, há uma forte oportunidade para seus jatos de corredor único em mais de 900 cidades chinesas, muitas delas pouco atendidas.

O relatório destaca que, nesses municípios, o crescimento da demanda de passageiros é superior ao de rotas saturadas, oferecendo espaço para aumento de voos com aeronaves menores. “Alinhar a capacidade e a conectividade com esses mercados emergentes pode desbloquear um potencial turístico e econômico significativo”, afirmou Rodrigo Silva e Souza, vice-presidente de Marketing da Embraer.

Oportunidades em rotas regionais pouco exploradas

De acordo com a Embraer, rotas internas, muitas vezes ignoradas por grandes companhias aéreas, podem se tornar altamente lucrativas se operadas com aviões mais eficientes e ágeis. Exemplos citados incluem ligações entre Xiamen–Zhanjiang e Quanzhou–Baotou, regiões com forte atividade econômica, porém pouco atendidas pelo transporte aéreo convencional.

Desafios do mercado chinês e oportunidades em outros países asiáticos

Apesar do crescimento, a Embraer aponta um paradoxo: embora o fluxo de passageiros na China aumente, as companhias aéreas enfrentam dificuldades para manter a lucratividade devido à alta concorrência e à saturação das rotas principais, além da competição com trens de alta velocidade.

Além da China, a Embraer intensifica sua presença na Ásia. Em outubro, inaugurou um escritório em Nova Délhi e firmou parceria com o Grupo Mahindra, relacionada à venda de até 80 cargueiros C-390 Millennium para a Índia. A empresa também apresenta seu avião de ataque leve A-29 Super Tucano como uma solução anti-drone de baixo custo, uma estratégia voltada para o mercado europeu, onde drones têm sido utilizados em conflitos recentes.

Busca por crescimento no mercado americano e negociações de tarifa

Nos Estados Unidos, a Embraer mantém sua maior base de operações, com cerca de 3 mil empregados e ativos superiores a US$ 3 bilhões. A empresa permanece negociando a eliminação das tarifas de 10% sobre seus produtos, como parte de uma estratégia que também envolve um investimento de mais de US$ 1 bilhão no país.

O plano inclui a instalação do KC-390 na América e a ampliação da fábrica em Melbourne, na Flórida, com foco na produção de jatos de negócios e defesa. Segundo o presidente, Francisco Gomes Neto, o objetivo é demonstrar aos EUA sua contribuição em geração de empregos e crescimento econômico, com um potencial de negócios avaliado em US$ 21 bilhões até 2030.

Perspectivas futuras e estratégias globais

Apesar dos desafios, a Embraer permanece otimista com a sua estratégia de diversificação e expansão, buscando aproveitar as mudanças no mercado de aviação mundial para consolidar sua posição, tanto na América do Norte quanto na Ásia. A busca por acordos comerciais e o fortalecimento de operações no exterior são prioridade para a fabricante brasileira neste momento.

Para mais detalhes sobre os planos de expansão e negociações da Embraer, confira a matéria completa em O Globo.

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