O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou R$ 7,6 bilhões em créditos do Plano Brasil Soberano voltados a empresas impactadas pelo aumento das tarifas comerciais americanas. Segundo o presidente do banco, Aloízio Mercadante, os recursos abrangem 535 operações solicitadas por 134 grandes empresas e 401 micro, pequenas e médias empresas.
Beneficiados e andamento dos pedidos de crédito
Os estados mais beneficiados pela linha de crédito até o momento são São Paulo (R$ 2,2 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 1,2 bilhão), Santa Catarina (R$ 1,1 bilhão) e Paraná (R$ 900 milhões). Além disso, há R$ 2,1 bilhões em solicitações em fase de análise, totalizando R$ 9,7 bilhões em créditos aprovados e em andamento.
Expectativa de ampliação dos repasses após mudanças estratégicas
Em coletiva de imprensa para apresentar os resultados financeiros do banco, Mercadante afirmou que há expectativa de acelerar os repasses após as recentes mudanças anunciadas pelo governo federal nesta quarta-feira. Ele destacou: “A grande demanda é capital de giro e só tinha capital de giro para você buscar novos mercados, mas muitas dessas empresas estão produzindo para o Brasil. Agora, teremos capital de giro em geral”.
Novidades na ampliação do crédito para fornecedores
O presidente do BNDES ressaltou ainda a decisão de ampliar o crédito para os fornecedores de empresas afetadas pelo tarifaço. Segundo Mercadante, essa nova modalidade deve estar operacional a partir do dia 24 de novembro.
Justificativa e procedimento para liberação do crédito
Para atender às empresas e repassar recursos aos bancos parceiros, é necessário identificar quais negócios são elegíveis. Essa informação será fornecida pela Receita Federal em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Ambos usam dados de exportações via um aplicativo do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que prometeu entregar a lista até o dia 24.
Segundo Mercadante, essa iniciativa visa garantir maior agilidade na liberação de crédito às empresas impactadas pelo aumento tarifário, reforçando o compromisso do governo em apoiar o setor produtivo nacional.
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