O jornalista Michael Wolff, conhecido por seu livro “Fogo e Fúria” sobre o governo Trump, fez declarações contundentes sobre a relação entre Donald Trump e Jeffrey Epstein, após a divulgação de emails pelo Comitê de Supervisão da Câmara nesta semana. Wolff revelou que aconselhou Epstein a manipular Trump e reforçou a proximidade entre os dois, levantando novas dúvidas sobre essa amizade.
Revelações sobre os emails e a relação Trump-Epstein
No vídeo divulgado pelo próprio Wolff em suas redes sociais, o jornalista afirmou que os emails, de 2015, mostram Epstein discutindo estratégias para lidar com a imagem de Trump em debates presidenciais. Em um dos trechos, Epstein questiona o que Trump deveria dizer se perguntado sobre o relacionamento com ele durante uma campanha, ao que Wolff aconselha: “Deixe-o se enforcar. Se ele negar ter viajado com Epstein, isso pode ser uma vitória de PR para ele.”
Segundo Wolff, esses emails indicam que Epstein tinha a possibilidade de “sacudir” Trump se ele negasse os encontros, sugerindo uma relação de influência e poder entre os dois. Wolff também confirmou que Epstein e Trump tiveram uma proximidade de mais de uma década, compartilhando planos, viagens e aconselhamento financeiro, o que reforça a suspeita de uma relação de bastante confiança entre ambos.
Implicações e desdobramentos das denúncias
A divulgação das mensagens reforça a narrativa de que Epstein manteve vínculos próximos com figuras de destaque na política e nos negócios americanos, mesmo após sua condenação por tráfico sexual. Wolff destacou que, apesar disso, Trump não foi considerado tão prejudicado por Epstein quanto outros associados, o que suscita questionamentos sobre possíveis favorecimentos ou omissões.
Além disso, Wolff declarou que tem tentado há anos levantar essas questões, tendo incluso divulgado suas próprias gravações de Epstein falando sobre Trump, embora sem grande impacto na época. Os emails agora revelados parecem aproximar-se de uma possível “prova definitiva” do relacionamento entre Epstein e Trump, segundo o próprio jornalista.
Implicações futuras e acusações severas
Wolff também revelou que entrou com uma ação judicial contra Melania Trump, alegando que ela tentou impedir suas investigações e reportagens relacionadas às ligações com Epstein. Ele afirmou que essa ação permitirá que ele questione tanto a primeira-dama quanto o ex-presidente em relação às relações com Epstein e a possível conivência.
Ao comentar sobre a situação, o jornalista tentou minimizar as questões éticas da sua assistência a Epstein, alegando que seus esforços visam ajudar a sede de investigação que, segundo ele, estaria chegando ao “fumo da questão”.
Perspectivas e próximos passos na investigação
O caso promete continuar acirrado, com novas revelações provavelmente surgindo à medida que as investigações avançam. Wolff promove uma visão de que essas evidências podem ser o que ele chama de “arma de fogo” para entender melhor o relacionamento de Epstein com figuras poderosas, incluindo Trump.
Especialistas e políticos estão atentos às próximas etapas, enquanto o público acompanha com preocupação as implicações de todas essas revelações na política americana e na memória de Jeffrey Epstein.
