Brasil, 12 de novembro de 2025
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Teresa Cristina celebra Zeca Pagodinho com novo álbum

O novo disco de Teresa Cristina destaca composições menos conhecidas de Zeca Pagodinho e marca uma nova fase em sua carreira.

A obra autoral de Zeca Pagodinho sempre esteve à margem de sua magnitude como intérprete. Não porque o músico não seja excelente compositor, mas porque, ao longo de mais de 40 anos de carreira, sempre optou por priorizar as canções de parceiros que sabia precisarem da exposição que uma canção em um de seus álbuns poderia gerar.

Agora, esta mesma obra autoral, que conta com clássicos populares como Lama nas Ruas (Almir Guineto/ Zeca Pagodinho, 1986) e Camarão que Dorme a Onda Leva (Beto sem Braço/ Zeca Pagodinho/ Arlindo Cruz, 1983) vai ganhar a devida importância quando Teresa Cristina lançar, em dezembro, Jessé – As Canções de Zeca Pagodinho, disco em que dá voz a uma seleção de composições pouco conhecidas do músico carioca.

O álbum Jessé leva como título o nome de batismo de Zeca, nascido Jessé Gomes Filho, e tem, entre suas canções, pérolas pescadas no baú de Pagodinho, como Testemunha Ocular (Zeca Pagodinho/ Jorge Aragão, 1987) e Voo de Paz, uma parceria com Aragão ainda inédita na voz de Pagodinho.

Antes do lançamento, Teresa Cristina já rodava com shows em que testava o repertório a ser apresentado em janeiro no palco do Circo Voador, onde a cantora dará o pontapé inicial da turnê que deve passar por outras capitais e expandir o repertório com outros sucessos autorais do homenageado.

Uma nova fase na carreira

Entre as (presumíveis) canções do espetáculo, devem figurar hits como Alto Lá (2000), Judia de Mim (1986), Mutirão de Amor (1983) e Não sou Mais Disso (1996), compostos com parceiros como Arlindo Cruz (1958 – 2025), Beto Sem Braço (1940 – 1993), Dudu Nobre, Jorge Aragão e Sombrinha.

A homenagem da cantora ao compositor chega à cena no mesmo ano em que Pagodinho recebeu (justa) homenagem da União Brasileira de Compositores (UBC) com a nova edição do Prêmio UBC, idealizado para celebrar a excelência artística de compositores que já laureou nomes como Rita Lee (1947-2023) e Ivan Lins.

Carreira de intérprete

Jessé – As Canções de Zeca Pagodinho também marca um novo passo adiante nos tributos que Teresa Cristina vem prestando a bambas do samba desde que despontou no mercado fonográfico ainda na década de 2000, acompanhada do carioca Grupo Semente. O primeiro foi Paulinho da Viola, cuja obra deu origem a A Música de Paulinho da Viola, disco duplo lançado em 2002.

Depois, a cantora passeou pelas obras de Cartola (1908-1980), em disco gravado ao vivo ao lado do violonista Carlinhos Sete Cordas (Teresa Cristina Canta Cartola, 2016) e Noel Rosa (1910-1937), cujo repertório foi tema de dois discos divididos também com Sete Cordas (Canta Noel, de 2018, e Canta Noel Ao Vivo, de 2020).

Autores como Candeia (1935-1978) e Chico Buarque também foram alvos de homenagens que não renderam registros fonográficos, embora estejam disponíveis em boa qualidade no YouTube. Fora da seara do samba, Cristina chegou a dedicar um (excelente) álbum ao repertório de Roberto Carlos.

Álbum autoral à vista

Após o lançamento de Jessé – As Canções de Zeca Pagodinho e da turnê que deve expandir o repertório da homenagem, Teresa Cristina deverá entrar em estúdio para gravar o primeiro disco inteiramente autoral de sua discografia. O projeto será viabilizado pelo edital Natura Musical e marcará a primeira incursão completa da compositora em uma obra construída e burilada ao longo de quase três décadas de carreira.

Neste período, a cantora chegou a lançar álbuns em que deu luz a canções autorais, como A Vida é Mesmo Assim (2004), O Mundo é Meu Lugar (2005), Delicada (2007) e Melhor Assim Ao Vivo (2009), mas sempre dividindo os holofotes com canções de outros compositores.

Leia mais sobre o novo show de Teresa Cristina.

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