Brasil, 12 de novembro de 2025
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Suecia convoca Amazon e plataformas por venda de bonecas com aparência infantil

Governo sueco reúne Amazon e outras plataformas para discutir a venda de bonecas sexuais com traços infantis, após denúncia da ChildX

Na quarta-feira (12), o governo sueco anunciou que convocou a Amazon e diversas plataformas de comércio eletrônico para uma reunião, devido à venda de bonecas sexuais com aparência infantil em seus sites. A iniciativa ocorre após denúncia da organização ChildX, que alertou para possíveis violações de leis sobre exploração sexual infantil.

Reunião com plataformas de comércio eletrônico na Suécia

A ministra sueca dos Serviços Sociais, Camilla Waltersson Grönvall, confirmou a convocação para o dia 28 deste mês. Segundo ela, o objetivo é discutir formas de combater a comercialização dessas bonecas, consideradas por entidades de proteção à infância como potencial normalizadora do abuso sexual infantil.

“Devemos explorar coletivamente as possibilidades de eliminar a existência dessas bonecas”, declarou a ministra em comunicado. A reunião contará com representantes das plataformas de e-commerce, organizações de proteção infantil e outras autoridades suecas.

Denúncia e preocupações internacionais

A organização ChildX apresentou, na última segunda-feira, denúncia policial contra a Amazon — incluindo suas filiais nacionais — e contra outros dois sites na Suécia, alegando que as vendas podem violar leis relativas à exploração sexual infantil. A entidade alertou que a comercialização dessas bonecas corre risco de normalizar o abuso e aumentar a demanda por materiais exploratórios.

A ChildX também destacou que, segundo a legislação sueca, é ilegal distribuir imagens de abuso sexual infantil e possuir bonecas com aparência de criança. Ainda que a venda dessas bonecas seja considerada ilegal, não há registros de casos julgados até o momento.

Reações e ações das plataformas de e-commerce

A Amazon afirmou que participará da reunião e que já retirou esses produtos de suas plataformas. Um porta-voz da empresa declarou que “temos políticas rigorosas no segmento de produtos para adultos, e sempre proibimos estritamente a pornografia infantil”.

Outra plataforma, a Shein, prometeu interromper a venda dessas bonecas após ameaças do governo francês, que chegou a tentar banir a comercialização na França. A gigante chinesa continua operando sob vigilância intensa na Europa.

Desdobramentos e opinião pública

A secretária-geral da ChildX, Ida Östensson, criticou a prática, dizendo que “a retirada dos anúncios indica reconhecimento de que há um problema, mas os problemas persistem”. Ela pede maior responsabilidade das plataformas na fiscalização e no combate à venda desses produtos, que podem contribuir para a normalização do abuso sexual infantil.

Segundo especialistas, a venda dessas bonecas deve ser considerada, em tese, ilegal na Suécia, mas nenhuma condenação já foi registrada nos tribunais. A discussão sobre o tema reforça a preocupação global com a proteção de crianças na era digital.

Para mais informações, acesse o artigo completo no Globo.

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