O Senado Federal deu um passo importante na proteção dos aposentados ao aprovar, nesta quarta-feira (12), um projeto de lei que proíbe a cobrança de mensalidades de sindicatos, associações e entidades de aposentados diretamente nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta, relatada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), foi aprovada em uma votação simbólica e aguarda agora a sanção do presidente da República.
Medida visa proteger beneficiários
O texto da nova legislação estabelece que nenhum desconto poderá ser efetuado nos proventos de aposentados e pensionistas, mesmo quando houver autorização expressa do beneficiário. Essa medida foi motivada pelo crescente número de reclamações de idosos sobre descontos indevidos, além de ser uma ação para combater fraudes que, segundo parlamentares, tornaram-se comuns nessa prática.
A importância dessa decisão é evidenciada em um cenário em que muitos aposentados e pensionistas enfrentam dificuldades financeiras, e qualquer desconto não autorizado pode agravar sua situação econômica. A aprovação do projeto é vista como uma resposta necessária às falhas existentes no sistema e com o intuito de resguardar os direitos dos cidadãos mais vulneráveis.
CPI do INSS e combate a cobranças ilegais
A votação ocorreu em um contexto em que o Congresso Nacional também discute o tema na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, que tem como objetivo investigar esquemas de cobranças ilegais em benefícios previdenciários. O avanço simultâneo da proposta legislativa e das investigações na CPI foi considerado pelos senadores como uma “resposta institucional” ao problema que afeta milhões de beneficiários em todo o país.
Os senadores destacaram que a nova normativa não apenas elimina os repasses automáticos a entidades de classe, mas também endurece as regras para empréstimos consignados. Agora, será exigida autenticação biométrica ou assinatura eletrônica qualificada antes da contratação desses empréstimos, uma medida que visa proteger os aposentados de eventuais fraudes.
Alterações no controle das taxas de juros
Outro aspecto significativo da proposta é a mudança na definição do teto de juros para empréstimos consignados. Anteriormente, essa questão era regulada pelo Conselho Nacional da Previdência Social, mas agora será responsabilidade do Conselho Monetário Nacional. Essa mudança é considerada essencial para proporcionar uma maior proteção aos aposentados, garantindo que as taxas de juros sejam mais justas e acessíveis.
Próximos passos e expectativas
A proposta, que foi aprovada sem alterações em relação ao texto que veio da Câmara dos Deputados e que tinha como autor o deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB), poderá entrar em vigor imediatamente após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que, assim que a nova regra for sancionada, o INSS adote um procedimento de busca ativa para localizar e ressarcir beneficiários que tenham enfrentado descontos indevidos em seus pagamentos.
O que se espera agora é que essa legislação contribua significativamente para melhorar a qualidade de vida dos aposentados e pensionistas, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que tenham segurança em relação aos valores que recebem mensalmente. O apoio que a proposta recebeu do Senado Federal pode ser visto como um sinal positivo de que o legislativo está atento às necessidades da população mais velha e vulnerável do Brasil.
Essa é uma conquista importante que reflete o comprometimento de autoridades em proteger os direitos dos cidadãos, especialmente aqueles que contribuíram tanto para a sociedade e agora necessitam de segurança e respeito em seus anos de aposentadoria.


