Brasil, 12 de novembro de 2025
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Condenação de namorado da médica Thallita é reduzida em Rio Preto

Justiça reduz pena de Davi Izaque Martins Silva por assassinato de Thallita da Cruz Fernandes, encontrada morta em uma mala em Rio Preto.

A condenação do namorado da médica Thallita da Cruz Fernandes, Davi Izaque Martins Silva, foi reduzida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Inicialmente sentenciado a 31 anos de prisão, Davi agora cumprirá uma pena de 25 anos em regime fechado pelo assassinato brutal de Thallita, cujo corpo foi encontrado dentro de uma mala em um apartamento em São José do Rio Preto (SP) em agosto de 2023.

Detalhes do crime

O crime chocou a sociedade e gerou grande repercussão na mídia. Thallita e Davi mantinham um relacionamento amoroso e viviam juntos. Em uma noite fatídica, o casal teria discutido e a médica decidiu terminar o relacionamento. Em um impulso de raiva, Davi atacou Thallita enquanto ela dormia, desferindo mais de 20 facadas, principalmente no rosto e no pescoço. Apesar de ter tentado se defender, a vítima não sobreviveu aos ferimentos, vindo a óbito em razão de uma hemorragia aguda, segundo o laudo necroscópico.

Processo legal e apelações

A defesa de Davi recorreu da sentença inicial, defendendo a anulação do julgamento e o afastamento das qualificadoras que somaram à pena. Contudo, o Tribunal manteve a condenação, reconhecendo que, na dosimetria da pena, a juíza havia aplicado agravantes em duplicidade, o que caracterizava o chamado “bis in idem”. Essa decisão significa que os mesmos aspectos não podem ser usados para agravar a pena em diferentes momentos do julgamento.

Os desembargadores entenderam que os fatores já considerados, como a forma cruel do crime e a tentativa de impedir a defesa da vítima, não poderiam novamente ser utilizados para aumentar a pena. Assim, a pena foi reduzida de 31 para 25 anos, um reflexo das nuances do sistema jurídico que nem sempre é intuitivo.

Repercussão social e emocional

O caso gerou uma onda de revolta e indignação na comunidade local. Amigos e familiares de Thallita se manifestaram nas redes sociais, clamando por justiça e pelo fim da violência contra as mulheres. A tragédia que culminou com a morte da médica não apenas tirou uma vida valiosa, mas também levantou discussões urgentes sobre feminicídio, um problema que persiste no Brasil.

Imagens de câmeras de segurança do prédio onde o crime ocorreu mostraram Davi saindo do apartamento após o assassinato, aumentando a evidência contra ele. O condenado chegou a confessar o crime durante interrogatório e alegou que havia consumido drogas antes do ato violento. Essa confissão, somada a outras evidências, levou à condenação inicial.

Considerações finais

O caso de Thallita da Cruz Fernandes é um lembrete trágico da violência que muitas mulheres enfrentam em relacionamentos. Enquanto Davi Izaque Martins Silva cumprirá sua pena reduzida, questões sobre a eficácia do sistema judiciário e os desafios enfrentados pelas vítimas de violência continuam a ser debatidas. O Brasil precisa continuar avançando em políticas que protejam as mulheres e em campanhas que conscientizem a população sobre a gravidade do feminicídio.

Ao final, o assassinato de Thallita não pode ser esquecido. As discussões precisam continuar e a sociedade deve se unir para garantir que tragédias como esta não se repitam novamente. A busca por justiça é uma responsabilidade coletiva.

A situação ainda está em desenvolvimento, e o g1 buscará novos desdobramentos e comentários da defesa de Davi, além de acompanhar a reação da comunidade diante da decisão do Tribunal de Justiça.

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