Durante a COP30, realizada na manhã desta quarta-feira (12), o BNDES revelou uma operação inédita de captação de R$ 21 bilhões em recursos internacionais. Os fundos serão destinados a projetos de energia renovável, biocombustíveis, mobilidade urbana e apoio a micro e pequenas empresas, com foco na sustentabilidade e na transição para uma economia mais verde.
Investimentos e parcerias internacionais na agenda de sustentabilidade
O montante inclui acordos com instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e Cassa Depositi e Prestiti (CDP), da Itália. Ao todo, estão previstos R$ 11,93 bilhões em aportes diretos para diversos setores.
Os recursos se repartem em várias frentes:
- R$ 2,674 bilhões (US$ 500 milhões) destinados a fundos específicos, como o Fundo Clima;
- R$ 5,348 bilhões (US$ 1 bilhão) apoiando micro, pequenas e médias empresas voltadas ao desenvolvimento nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga e Pantanal;
- R$ 4,011 bilhões (US$ 750 milhões) para ampliar o crédito, gerar emprego e incentivar a produtividade nas regiões amazônicas.
Líder mundial em financiamento para transição energética
De acordo com o presidente do banco, Aloizio Mercadante, o Brasil se consolida como o maior financiador mundial na transição energética, especialmente em contextos de risco elevado que dificultam a atuação do setor privado. Nesta quarta, o banco também assinou um contrato adicional de R$ 1,729 bilhão (280 milhões de euros) com o KfW, voltado para mobilidade urbana e energias solar e eólica.
“A parceria com instituições multilaterais faz parte da nossa estratégia de diversificação de funding e de colocar o Brasil na liderança global da descarbonização”, afirmou Mercadante, na COP30. Segundo ele, o objetivo é apoiar projetos que promovam a agenda verde e impulsionem o crescimento sustentável.
Perspectivas para o futuro
O financiamento internacional é uma demonstração do compromisso do governo brasileiro com a transição energética e o desenvolvimento sustentável. Estima-se que esses recursos ajudarão a criar milhares de empregos, estimular a inovação e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país.
Mais detalhes sobre os investimentos podem ser acessados no site da Agência IG.
